quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Um Conto Inusitado






Participo da iniciativa do José

Citar no conto as expressões abaixo:


 «Si vas a llegar a cualquier parte de la vida, tienes que leer muchos libros».


«Las historias son una forma de recordar… y también una forma de olvidar. Nos dan alas para escapar y raíces para quedarnos».


«Ignora que todos los cuentos son mentiras, aunque no todas las mentiras son cuentos».



Na imponente mansão, o sino toca, anunciando a chegada de um novo hóspede.

O mordomo, idoso, mas ainda prestativo, dirige-se para abrir a antiga e pesada porta que dá acesso à mansão.

Ao abri-la, depara-se com um estranho personagem.

"Boa noite, meu senhor", responde o homem, tremendo e batendo os dentes levemente. "Estou perdido e com muito frio. Poderia passar a noite em sua gentil e elegante residência?"

"Claro!", responde o velho, com um gesto de satisfação. "Entre e sinta-se à vontade. Estão esperando por você na sala de estar."

"O quê? Eu?"

"Sim!", responde o mordomo e, sem mais delongas, o conduz ao imenso salão.

Assim que entram, o calor de uma enorme lareira se faz sentir imediatamente. Diante dela, um grupo de pessoas senta-se no chão, cumprimentando-a e dando-lhe as boas-vindas. Longas mesas exibem uma grande variedade de pratos e bebidas quentes e frias deliciosas.

"Como pode ver", acrescenta o mordomo, "pode ​​aliviar o seu resfriado, a sua fome e a sua sede. Se precisar de mais alguma coisa, basta pedir. Mas..."


“Como pode ver”, acrescentou o mordomo, “pode aliviar o frio, a fome e a sede. Se precisar de mais alguma coisa, basta pedir. Mas…”

“Ah, não! Lá vamos nós de novo com o ‘mas’ de sempre… Tenho certeza de que terei que pagar alguma coisa, não é?”

“Com certeza!” respondeu o velho.

“E vai ser muito caro? Não tenho muito dinheiro no bolso.”

“Será simples e barato. Sinta-se à vontade com seus companheiros e conte-nos uma história.”

Minha participação:




Eu sou um gnomo muito sorrateiro, me escondo na floresta, não apareço sem ser convidado, ouvi o chamado e cá estou.
-Muito prazer, senhor do mundo da civilização, escutei o chamado da campainha e respondi, senti sonoridade com meu coração de gigante.
- Entre, pode se achegar e fique bem à vontade. por aqui, vai encontrar pessoas de todo tipo ou seres extraterrestes que já habitam por cá fazendo experiências com humanos.
- Não me diga, vou contar minha história como o senhor me convidou. 
Sou um ser que vive nas matas virgens. Não há civilização por perto. Vivo uma vida muito simples, minha alimentação e a do meu grupo de gnomos é natural. Cereais, nozes, vinho e cerveja artesanal fazem parte do cardápio dos gnomos. Protejo os jardins e a natureza, primo pela reciclagem e não destruímos nosso paraíso.
Predominamos pelo comprometimento com o  grande tesouro que recebemos, a Terra. Nossas raízes são as das árvores gigantescas. 
Temos, por hábito diário,  ler muito:

 «Si vás a chegar a qualquer parte da vida, tens que ler muitos livros».

Sou bem idoso, dato de outros séculos. Sou cordunda, confundem-me com a terra ou com pedras quando, porventura, me veem de relance.

«As histórias são uma forma de recordar… e também uma forma de olvidar. Nos dão asas para escapar e raí\es para ficarmos». 

(Ursula K. Le Guin)

Também sou parte de seres artesãos, crio bio joias incríveis.

Se me respeitam, protejo os lares e proporciono equilíbrio e prosperidade.

Por sorte, posso viver mais de quatrocentos anos, assim perpetuamos nossos tesouros.

Pessoas que nos cultuam nos deixam moedas, frutas e mel, sementes diversas e assim fortalecemos laços e vínculos de amizade ainda que não nos vejam fisicamente. Não aparecemos aos humanos. Eles não cuidam da natureza.

«Ignora que todos os contos são mentiras, ainda que nem todas as mentiras são contos».

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