"A natureza também tem as suas modas."
"Ontem de manhã, descendo ao jardim, achei a grama, as flores e as folhagens transidas de frio e pingando. Chovera a noite inteira; o chão estava molhado, o céu feio e triste.
"A natureza também tem as suas modas."
"Ontem de manhã, descendo ao jardim, achei a grama, as flores e as folhagens transidas de frio e pingando. Chovera a noite inteira; o chão estava molhado, o céu feio e triste.
"Era uma vez um maravilhoso jardim, situado bem no centro de um grande campo.
O dono costumava passear pelo jardim, ao sol do meio dia.
Um esbelto bambu era para ele a mais bela e estimada de todas as árvores e plantas do seu jardim. Esse bambu crescia e tornava cada vez mais lindo. Ele sabia que seu Senhor o amava e que ele era sua alegria.
Um dia, o dono pensativo aproximou-se do seu bambu. Num sentimento de profunda veneração, o bambu inclinou sua cabeça imponente.
O Senhor disse a ele:
-Querido bambu, eu preciso de ti.
O bambu estava feliz. Parecia ter chegado a grande hora de sua vida. E ele responde baixinho:
-Senhor, eu estou pronto. Faze de mim o que quiseres.
-Bambu, eu só poderei usar-te se te podar.
-Podar? a mim, Senhor, por favor não faças isto! Deixa a minha bela figura. Tu vês como todos me admiram.
-Meu bambu amado, não importa que todos te admirem ou não. Se não te podar, não posso usar-te.
No jardim, tudo ficou silencioso. O vento segurou a respiração.
Finalmente o lindo bambu se inclinou e sussurrou:
-Senhor se não podes usar-me sem me podar, faze de mim o que quiseres.
-Meu querido bambu, devo cortar também as tuas folhas.
-Ó Senhor, se tu me amas, preserva-me do mal. Podes destruir minha beleza, mas, por favor, deixa as minhas folhas.
-Não posso te usar se não tirar também as folhas.
O sol se escondeu atrás das nuvens. Umas borboletas afastaram-se assustadas.
O bambu, trêmulo, à meia voz, disse:
-Senhor, corta-as!
-Ainda não basta, meu querido bambu, devo cortar-te pelo meio e tornar-te também o coração. Se não faço isto, não posso usar-te.
-Por favor, Senhor, eu não poderei mais viver. Como viver sem o coração?
-Devo tirar-te o coração, caso contrário, não posso usar-te.
O bambu inclinou-se até o chão e disse:
-Senhor, corta-o, divide, reparte!
O Senhor desfolhou o bambu, decepou suas folhas, partiu-o em duas partes, tirou-lhe o coração. Levou-o ao meio do campo a uma fonte onde brotava água fresca. Lá, o Senhor deitou o seu querido bambu no chão. Ligou uma das extremidades do tronco decepado à fonte e a outra ele levou até o campo.
A fonte cantou suas boas-vindas. As águas cristalinas se precipitaram alegres pelo corpo despedaçado do bambu, correram sobre os campos ressequidos que, por elas, tanto haviam suplicado.
Ali plantou-se o trigo o arroz, o milho.
Os dias se passaram... A sementeira brotou, cresceu e... veio o tempo da colheita.
Assim, o tão maravilhado bambu de outrora, em seu aniquilamento e humildade, transformou-se numa grande bênção.
Quando ele era grande e belo, crescia somente para si e se alegrava com sua própria beleza.
No seu aniquilamento, ele se tornou o canal do qual o Senhor e serviu para tornar fecundas as suas terras.
E muitos homens viviam desse tronco de bambu."
🙏🙏🙏
Participando da iniciativa da amiga Chica.
Num grande Parque,
Sinto-me bem à vontade.
O oxigênio me reenergiza,
Liberto-me dum cruel porquê.
A natureza me higieniza,
Por inteiro, não pela metade.
A vida fica verde de esperança,
Estufo meu peito vendo a bonança.
Árvores são nossas amigas,
Inspiram operações bem mansas.
Preservar o verde é tão salutar,
Faz nosso coração limpo respirar.
"Não é sem razão que existe nas línguas cultas o vocábulo HUMANIDADE.
"O ser humano consegue criar um telescópio potente e não enxergar o vizinho ao lado que necessita de um apoio.
Só quem é capaz de olhar com o coração é capaz de perceber as periferias existenciais dos nossos tempos e as dos nossos semelhantes."
Participando da iniciativa da amiga
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Quer viver uma utopia linda?
Viva onde seu coração ame mais!
Observa ao redor, não esmoreça entre ais,
Estarás em paz, serás protagonista na berlinda.
"Lembra que o que importa é o que semeares, colherás...
Por isso, marca a tua passagem, e deixa algo de ti, do teu minuto, da tua hora, do teu dia, da tua vida.
(Mário Quintana)
Em breve, será Outono por aqui,
O tempo corre depressa, logo ali
Virá um lindo céu intenso azulado,
O relógio floral anuncia a meu lado.
Será tempo de reflexão no coração,
Haverá nova oportunidade de viver
Novas emoções, sensações. De tecer
Laços familiares. No tic-tac, lentidão.
Ó tempo novo, traga tudo de melhor,
Passa mais devagarzinho, não corra,
Não atropela como se fosse masmorra,
Dá paz ao mundo, não seja de horror.
Relógio, por favor, seja discreto, fiel,
Corre tranquilo, não se afobe, ser fel
É um desastre num corre-corre banal,
Atropelando emoções, seria bem fatal.
Uma iniciativa da amiga Lúcia
I
Cenário tão encantador,
Inspira só paz e amor.
Campos verdes do sertão,
Bondades florescerão.
II
O Criador se inspirou,
Na hora da criação.
A bondade exalou,
Amor puro em comoção.
É assim que a saudade nos deixa após perdermos entes queridos.
Diná, querida e saudosa amiga, tão bondosa comigo, você se despediu de nós há 3 anos, pela Covid.