Despojamento

(Foto de Ajibola Oki en Unsplash)

Las «sandalias»

"Não te aproxima daqui.

Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que pisas é terra santa."

(sandálias minhas)

Participo da iniciativa da amiga Mercedes

Ao usarmos sandálias, pode representar despojamento, sentimento de liberdade interior, há pessoas que jamais andam descalças. Inclusive, num curso que fiz, estava presente uma pessoa que não conseguia tirar as sandálias nem para a dinâmica.

Tirar as sandálias representa a humildade e reconhecimento. Despojamento onde se retira algo que signifique o cotidiano, também a proteção para se conectar com o sagrado de forma especial.

Para nossos antepassados, os calçados simbolizavam o íntimo do seu dono e, isso poderia afugentar até os 'maus olhados'.

Há pesquisadores que afirmam que as sandálias sempre foram, ao longo da história, vistos de forma especial.

Eu e minhas sandálias

Morosamente chego em casa, demovo minhas sandálias, intenciono que saia de mim um certa sobrecarga ou excesso. 

Adoro locomover-me descalça, sempre foi assim, mas por questão da invernia, por exemplo, amenizo as possibilidades de adoecer pela friagem, colocando meias de algodão que são leves ao calcar o piso da casa. No verão, não urge e é uma gentileza e leveza aos pés e a mim no meu emocional.

Sandálias só calço as ortopédicas como as fotos acima mostradas. As de borracha me causam melindre pois já levei um tropeção por um pouquinho de água perto da geladeira, numa certa ocasião.

Aprecio o fato de me sentir leve em casa, confortável, com roupa cômoda e despojada de tudo que se precisa colocar no corpo para ir à avenida. Vestidos leves e pés à vontade.

Já se foi o tempo das alparcatas rasteiras, tão apetecidas pela moda no verão e o foi para mim também.

Queda não é aconselhável, toda cautela é necessária.

O ser humano necessita de leveza de corpo e alma em todas as circunstâncias para priorizar a espontaneidade.

P.S. Com a Pandemia, foi acentuada a questão de não se entrar no recinto do lar com calçados da rua, há no mercado, recipientes para se deixar os calçados fora, na porta de entrada, porém nem em todos os edifícios se pode fazer assim. No anterior, onde morei, todos deixavam e ninguém mexia. Aqui, não se tem o costume e eu tenho que tirar e pôr no lugar deles, depois de limpos da rua.

Obrigada, querida amiga Mercedes.

Participam também os amigos:

Maria

Roberto

Nuria

Patrícia

Mônica

Luferura

Gabilante