terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Pico do Verão no Final

 



A volta às aulas se aproxima e as praias vão ficando menos cheias... Agora, só nos finais de semana e Carnaval lotam novamente.



"Eu sou do mar, é ele que me faz cantar."


 

Um mar azul me espera e me surpreende sempre...



 

 

Espreito alegremente, começo a desfrutar de muita beleza...

 


 

 

A transparência das águas me endoidece...

 


 

Como amo contemplar lugares assim!



Efusão de águas límpidas,
Vejo jorrar aqui nas praias.
Dá um belo contentamento,
Alivia a qualquer tormento.




Não é miragem nem casualidade,
O mar é criação de tal intensidade.
Ao contemplá-lo, me vejo absorta,
Em mim, abre-se uma bela porta.




Como tem beleza numa praia!
Basta apreciar, não fugir da raia,
Vale a pena a cada dia um relax,
Liberta pulmão, coração e tórax.








Vista parcial tão linda, fenomenal, bela,
Muito mais do que olhar só pela janela.
Subo nas pedras e aprecio com carinho,
Saio não à toa, em vão, do meu ninho.


Aqui, chego ao final e admiro outra área,
Ao longe, a Praia do Morro, um colosso!
A cada dia me deixa o mar mais aérea...
Caminhar é beneficial ao coração nosso.






Molha-me de prazer na manhã majestosa,
Sou feliz neste mar, fico por demais prosa.
Agradeço ao Bom Deus que me aqui pôs,
Num maravilhar-me hoje e não depois...







Nas areias pretas, ando bem descalça,
Ponho meus pés no chão, consolada,
Sinto frescor, bonança, contradança,
Irrigo corpo e alma que me acalma.


Ah! Ondas formadas pelo forte choque,
Creio que da paixão que o mar nutre...
Por mim, vem me dar um breve toque, 
Fendas de alegria que, em mim, se abre.






Oferto a postagem aos apreciadores da natureza e do mar, como eu...

Eu sei diversas coisas 
Saber é afinal a minha ocupação 
Sei pouco das manhãs 
Mas talvez possam dizer de mim que amei o mar.
E cada árvore que me viu passar 
E insistir na vida como uma canção em voga.
(Ruy Belo)

AVISO:
A partir de hoje, farei uma Semana dedicada à Rainha do Mar Sagrado Aqui

 


segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Expansões de Alegria

 



















 


 

O Amor no Leme

 

No barco, meu caminhar,

Não me deixo estagnar!


Sou levada pelo ventar,

Não me deixo intimidar,

No leme, vai meu Amor.


Por que me preocupar?

Com Ele vivo, sem temor!

 

Barcos me lembram mar,

Estou sempre a bem remar,

Gosto muito de fotografar,

Se vejo um barco a singrar,

 

Vislumbro meu azul do mar,

Registro logo percepção anil,

Não há mais belo do que olhar

 O que percebo no coração sutil.

 

A meditar num deslumbre 

Ao entorno muito abençoado,

Encontra muita guarida

Como nos Braços do Amado.

 

O mar sempre expande minha alegria...




 

 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Segunda Quinzena de Verão

 





















O mar e eu...

Azul oceânico, doce formosura, estupenda cena
Meus olhos vislumbram, ele bem perto me acena,
Não tenho como ficar indiferente, tal ele me olha,
O jeito é ir e vir para não ficar só na feia encolha.

Na paciência de pescador, com tenacidade,
Desperto animada para nova oportunidade.
Com quem nos ama há que se ter lealdade,
Vivo com ele essa relação de cumplicidade.

Qualquer detalhe me chama a atenção,
Fotografo para guardar a repercussão,
Sinto embelezar muito meu coração,
É minha diária e sublime boa ação.

Quem irá numa canoa? Penso eu numa boa,
Não tenho ao radical nenhuma coragem,
Olho como criança cobiçando à toa,
Feliz demais nesta boa miragem.

Subo meus olhos ao céu,
Não é em vão, ao léu,
Aprecio, clico, me elevo
Meu ser é puro enlevo.



quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Da Arte de Escrever








"Não sabia improvisar, estava infectado com o vírus dos intelectuais: o formalismo".
(Augusto Cury)



Sensível às Flores 



"Eu gosto dos loucos porque eles são iguais aos escritores, veem as coisas além das aparências."










Então ouvi uma voz do céu que me dizia:
"Escreve".


(Ap 14,13)






Escrever para o Outro, Escrever para os outros, escrever para si mesmo.

(François Cassigena-Trévedy)






Escutem o que lhes conto...

Por que escrever?
Não se corre o risco de repetir o que outros já escreveram?...
Nem mesmo esse temor poderia nos deter.

Adoro quando o tempo está assim, como o do fim de semana: friozinho, sol fraco, que de vez em quando se esconde, tímido, atrás de nuvens escuras. Quando posso me sentar com um livro, uma xícara de chá e ficar, por longas, longas, horas, absorta e enfronhada num mundo em que não vivo, num outro mundo, paralelo, feito de histórias de outros, contadas com maestria, prendendo minha atenção.

No silêncio e calma, prefiro a casa deserta, mas também gosto de ter a família por perto. Mesmo tendo mais coisas a fazer, me retiro para o meu canto preferido e, quando posso, retomo o meu mundo e deixo a minha imaginação voar.
Ando tão mergulhada em meus escritos, que, de vez em quando, preciso sair para outras caminhadas, por outras paisagens, outras épocas, outros países.
Isso me alimenta, me oferece uma diversidade de olhares, dos quais necessito para escrever.
Tenho notado algo que veio muito forte, em mim, com a maturidade: Meu olhar se aguçou, meu entendimento das coisas e do mundo se ampliou, como se meus neurônios se multiplicassem e minha inteligência se refinasse.
O autoconhecimento faz isso conosco, nos fornece subsídios para que compreendamos melhor o mundo.
Minha capacidade criadora também tem crescido de maneira notável. E isto não é autoelogio. É constatação.
A cada dia, sinto que minha criatividade se amplia, cresce. Seria isso o que os antigos chamavam de "sabedoria"?
Estou com minha atenção, também, redobrada. Meu lado observador, aprimorado. Como se meu radar para as coisas e pessoas estivesse exacerbado. Noto o que outros não notam, percebo o que outros não perceberam.
Todos os meus sentidos estão voltados para a Criação, para o entendimento, para o depreender.
Livros fazem isso com a gente. Abrem nossa cabeça, nos preenchem, ocupam os cantos escuros, os lugares, os vãos.
Mas para que isso ocorra é preciso ter sido preparado, através da vida, para esse preenchimento. E ele vai sendo feito, homeopaticamente, ao longo dos anos.
Afinal, literatura não é Botox. Escritores, que possam ser chamados por esse nome, não se encontram em qualquer esquina.
Para que a leitura encontre eco dentro de nós, é preciso mais do juntar palavras ou concatenar ideias.
Para que um escritor faça jus ao nome de escriba é preciso ter lido mais do que livros de autoajuda ou romances de bancas de jornais.
Escritores se fazem ao nascer e se aprimoram ao longo da vida. E isso, não é para qualquer um. Podem até achar-se escritores. Podem até ser descritos como tais, mas não o são e jamais o serão.
Volto eu para o meu sofá, meu chá e meu livro... já divaguei demais pela arte da escrita. Porque a escrita é arte. 
(As palavras acima  são em base a uma leitura que li - Monge de Ligugé).



Agradeço à querida amiga Gracita que me ajudou com a capa acima na sua formatação (medida exigida pela editora virtual).

E assim, com as publicações anima, terminei meu ano de 2022.

Também agradeço a gentileza da amiga Gleize por ter divulgado meus livros de flores Aqui. Muita generosidade, nem muitos  que o recebem o divulgam. Tudo na pura gratuidade é feito por mim. 

Amo escrever por escrever, não mais, sem fins lucrativos.














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