" Natal é essa ternura que ilumina a história humana, o cosmos do qual somos parte. É a confissão de que a bondade gera e sustenta a vida. É crer que tudo está eternamente movido por um pulsar profundo, criador, maior e mais poderoso que o universo, mais terno e pequeno que o coração de um recém-nascido. É a promessa de que o bem prevalecerá.
Ao recuperar o olhar de assombro e de espanto no interior da Gruta de Belém, nossa mente se abre à imaginação e ao sonho, começamos a considerar as infinitas possibilidades para ser e conviver, brota a alegria do novo, do que está nascendo a cada instante, de explorar recursos inéditos e desconhecidos.
Natal é o tempo para acolher com ternura o que é germinal, o pequeno, o que nasce nos movimentos sociais e humanitários alternativos e nos grupos eclesiais que se empenham por um mundo novo e por uma Igreja mais sintonizada com o sonho de Deus. É o momento de sair para os excluídos, para aqueles que não podem chegar até nós.
Ao entrar na gruta para contemplar o Menino-Deus, conectamos, ao mesmo tempo, com o mais profundo do coração humano, carregado de compaixão e generosidade. A bondade humana é uma faísca que pode se atrofiar, mas jamais se apagar. São necessários alguns momentos densos para que esta chama seja ativada. A vivência do Natal é um deles.
Da “Gruta de Belém” à “gruta interior”: esta é a aventura que nos leva a crescer, amar e compartilhar com os outros o dom da vida; aprender a ver nas pessoas a grande reserva de bondade, altruísmo e generosidade que carregam dentro de si; nunca conformar-nos com a injustiça e a violência, semeando cordialidade e gentileza a todos (as); e, sobretudo, ser mestres da esperança. “...porque é de infância, meu filho, que o mundo precisa” (Thiago de Mello).
O Menino Deus, em Belém, nos oferece uma maneira nova de olhar a realidade e a fragilidade de tantas pessoas. A contemplação de Jesus em seu nascimento nos ensina a contemplar a fragilidade e a exclusão humana como uma forma de presença de Deus. Deus está entre nós como fragilidade, nos excluídos, nos pobres, nas carências de todo tipo, em cada uma de nossas limitações. Por isso mesmo, sair, descer ao encontro das carências humanas, é uma forma de peregrinação para o coração do Deus mais vivo e surpreendente. Com os mesmos passos com que nos aproximamos da fragilidade dos que sofrem, também nos aproximamos de Deus.
A partir dessa debilidade podemos sentir que passa por nós a força de Deus, seu santo braço, que transforma, com nossa ajuda, toda a realidade.
Se Deus correu o risco de encarnar-se, de nascer pobremente e crescer como salvação a partir da exclusão deste mundo, já não há excluídos para Ele, ninguém fica fora d’Ele. E o lugar principal para a festa é ali onde Ele aparece: nos aforas, onde não há lugar, onde tudo parece esgotar-se e é condenado a crescer em meio às ameaças e às intempéries das situações humanas.
O Nascimento de Jesus é um atrevimento, uma verdadeira ousadia, uma surpresa inimaginável...; na verdade, o Natal é a manifestação do impossível que se faz possível no coração de Deus.
“Ele é o eterno Menino, o Deus que faltava; o divino que sorri e que brinca; o menino tão humano que é divino” (Fernando Pessoa).
Agora temos um Deus Menino e não um Deus juiz severo de nossos atos e da história humana. Que alegria interior sentimos quando pensamos que seremos julgados por um Deus Menino! Ao invés de condenar-nos, ele quer conviver e entreter-se conosco eternamente.
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Para meditar na oração
Que saibamos escutar a nossa criança interior que clama por ser amada, acolhida, curada de tanta mesquinhez, intolerância, e indiferença.
O Natal é como um poema; nele Deus se revela como uma Criança, pois nos mostra que a vida é sempre dom, novidade que destrava a humanidade para expandi-la por inteira. Que o Deus Menino que vai nascer nos mostre o caminho da verdadeira beleza da vida, e a graça de nunca perdermos a alegria de ser e viver."
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As Ressonâncias da XI Interação Fraterna de Natal estão Aqui:
Os amigos do blog e meus alegram meu viver no cotidiano. Muito obrigada pelo seu carinho incentivador
Tempo natalino feliz e abençoado a todos amigos.
Muitas vezes, somos nós que precisamos de um berço, de uma manjedoura.
Não sabemos o que pode estar acontecendo do outro lado da Tela, o mundo de muitos de nós pode ter acabado e, por isso, não firamos ninguém, não façamos ninguém sofrer...
Que sejamos anjos uns dos outros até o nosso fim cá na Terra!
Não abandonemos a quem nos ama ao léu.
Que possamos nos pôr no lugar do outro!
Tentemos fazer alguém feliz num ano mais triste das nossas vidas.
Para muitos, a vida acabou literalmente e, para outros, ela se foi arrancada como um sopro na alma com uma espada cravada no peito a exemplo de Maria Santíssima..
Pensemos que, para muitos, o tempo litúrgico pode não ser de Natal, muitos podem estar vivendo a Quaresma ao invés de Natal.
Pensemos nisto...
Muito obrigada pelo carinho e atenção nos onze anos deste blog.
"É afragilidade de uma criança que ativa em nós a atitude da expectativa, da novidade, do assombro...
Cada nascimento é um sinal, um imenso milagre, uma bela promessa, um profundo chamado. Viver é milagre. Só ser já é milagre. E o maior milagre é a ternura que cuida, nutre, consola. Isso é “Deus”.
Dizia o pintor Pablo Picasso que tornar-se criança leva tempo, e poderíamos acrescentar que somente o encontro com o Deus Menino nos devolve a pureza e a inocência primordiais.
Quando nos fazemos presentes junto à Criança eterna, então brota em nós o impulso para a renovação de vida, o despertar da inocência escondida, o encontro com novas possibilidades de ação que correm em direção ao futuro.
Escolha um dos cards acima para sua postagem, por gentileza.
Presente da Chica
"Embora todos saibam que 25 de dezembro não é, mesmo, a data do nascimento do Senhor Jesus, mas um dia convencional universalmente aceito, a simples aproximação do Natal alvoroça todos os .
Uns planejam sua festa amealhando o dinheirinho e selecionando as bebidas, os doces, as frutas.
Outros, pensando na grande oportunidade para o reencontro com familiares distantes outros - muito poucos - meditando seriamente na vinda de jesus, há mais de dois mil anos , naquelas condições precaríssimas de criança paupérrimas.
Outros, em Belém, a gruta, os pastores, os pais do Menino, tudo respira pobreza e aniquilamento.
A alegria ruidosa de nossa comemoração natalina deve ser temperada com a lembrança de que um passado de mais de dois milênios, e na estreiteza de uma gruta.
Que esta mensagem de Natal represente meu abraço, meu gesto de Boas Festas...
E que você, meu amigo "desconhecido" consiga reunir num só pensamento, o senhor que já veio, tão pobrezinho, e que está no meio de nós.
O Natal em espírito é tomada de posição diante do pouco que realizamos e do muito que temos a realizar. Porque ao espírito mundano que rege nossos Natais de papai Noel e Cia, de festas pagãs onde impera e intemperança, a bebedeira, temos que opor uma comemoração séria do nascimento no tempo, d'Aquele que, nascido do Pai antes de todos os séculos, Luz da luz, Deus de Deus, se fez Homem para "armar sua Tenda no meio de nós".
Apareceu um Menino: apareceu a ternura e a doçura do Deus que salva. Na fragilidade de uma criança se esconde e se revela a grandeza divina. Uma antiga tradição religiosa afirma que a maior seriedade de Deus aconteceu quando Ele virou menino. Louca aventura amorosa de Deus!
No rosto de uma criança se faz visível a Misericórdia que desce sempre mais abaixo, que nasce no ventre da terra e se faz terra fértil.
Segundo Jacob Boehme, místico medieval, Deus é uma Criança que brinca...
É nessa atmosfera “infantil” que Deus se aproximou de nós. Não veio como um imperador poderoso nem como um sumo-sacerdote ou um grande filósofo. Deus pode ser encontrado não na estrada suntuosa do domínio e do poder, mas na estrada da doação, da partilha, da solidariedade... A única explicação da “descida” de Deus é seu “amor compassivo”. Ele mergulhou na nossa fragilidade fazendo-se uma criança pobre, que nasce na periferia, no meio de animais, deitada numa manjedoura... para que ninguém se sentisse distante d’Ele, para que todos pudessem experimentar o sentimento de ternura que uma criança desperta e sobre quem nos dobramos, maravilhados. Criança não infunde medo; todos se aproximam dela. Pequenino com os pequeninos, Deus nos faz proclamar silenciosamente:
“Meu Deus, me dá cinco anos, me dá a mão, me cura de ser grande...”
Aorigem remota do célebre dia 25 de Dezembro se deu para substituir a orgia em que os pagãos de Roma festejavam, para eles, nascimento do deus sol, ou o Sol invicto. Tais orgias não causavam constrangimentos nem vergonha.
Embriaguez, abortos, corrupção de jovens, não importavam aos pagãos.
Na realidade, bebemoravam tal evento.
Urgia uma reação cristã.
Tiveram os cristãos a ideia de nesse dia se comemorar o nascimento de Cristo para matar devagarzinho a idolatria. Ai se passa a comemorar o Sol-Cristo. A vitória do Deus-Verbo. Foi o Sol que nos visitou do Alto que, encarnando da Virgem, foi o Sol que nos visitou do Alto para iluminar os que estamos nas trevas e dirigir nossos pés no caminho da paz.
Mas...
Os tempos mudaram outra vez, embora conhecemos o Grande Mistério, procedemos como se não o conhecêssemos, repetindo não o culto ao deus sol dos pagãos, mas conspurcando a pureza do culto de Jesus com orgias semelhantes às daquele.
Não é mais o Menino Jesus que nos empolga. É o bobíssimo e imaginário papai Noel. É uma bebedice com homens e mulheres cambaleando pelas ruas.
A alegria cristã está sendo substituída por bailes imorais, onde seus participantes se encharcam na lascívia e na cupidez.
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Uma breve introdução à
XI INTERAÇÃO FRATERNA DE NATAL..
TODOS poderão participar...
Há 11 anos fazemos uma confraternização natalina.
Entre na roda conosco!
Participe você também...
TEMA: Alegria na Simplicidade do Natal
Será do dia 15 ao 20/12, escolha seu dia, em seu blog, com o card acima e nos enriqueça como desejar, em prosa, em verso ou....
Uma história pode surgir de qualquer lado, até da sombra de uma de folha de papel amachucada.
Foi assim que nasceram estas duas personagens
que terão de entrar no vosso texto em 77 palavras.
Num tempo de sonhar bonito, ainda vemos pessoas carrancudas, sem afetos ordernados, provocam o semelhante sem dó nem piedade, difamam seu próximo, afrontam com ódio no olhar. Seria como um mandamento a seguir o cultivo da fraternidade.
Desarmar arrogantes, orgulhosos, pois a vida não passa de um sopro e todos seremos pó, nada mais.