quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Especial de Natal (X)


NATAL: UM DEUS NA CONTRA MÃO

Natal, um tempo infestado de "lugares comuns", no qual experimentamos emoções conhecidas e também comercializadas: no entanto, precisamos nos aproximar deste Mistério como se fosse a primeira vez: ali acontece o inusitado e o surpreendente.
As informações dos meios de comunicação... as cadeias de televisão... despertam os olhos para ver o de cima, o que conta, o que vale, o que impera... o que não aparece, o que não conta, o que quase não se vê.
Deus revela sua presença na história pelo lado mais baixo e fraco. E, para encontrá-Lo temos de empreender o caminho da "descida", dirigir o olhar e o coração para o mundo das "margens".
Em tempos de "deslocamentos forçados" para milhões de seres humanos, somos convidados a olhar o "avesso" da história para encontrar a Salvação que vem. É por esse caminho que podemos chegar ao conhecimento de nós mesmos e nos fazermos mais "humanos" e "solidários".
No fundo a única reposta diante do Mistério do Natal é esta:
"O AMOR FAZ COISAS ASSIM".
( Guardini)
É surpreendente que a pequenez e a vulnerabilidade sejam o cartão de visitas de Deus. O Natal é o memorial desta verdade, sempre esquecida. Ele não nos estende a mão a partir debaixo. Ele nos ajuda a partir da fragilidade. Ele está "envolvido em faixas", "como se não houvesse outro modo de se manifestar sua compaixão".
A estrela misteriosa entrou no "estábulo". Deus já está no coração da humanidade e nada do que é humano é descartado...
Deus vem na contra mão de nossas expectativas, arma tenda nos acampamentos dos exilados e excluídos... partilha a sorte dos fugitivos... se solidariza com os últimos... "massa sobrante".
Tendo Ele nascido para sempre nas "periferias" do mundo porque deseja assumir toda a história a partir dai, todos nós também temos de voltar constantemente a olhar para as "novas periferias" da exclusão, a partir de onde Ele continuará nos questionando.
Ele não tem palavras, mas é a Palavra; não impõe a paz, mas é a Paz; Ele não veio trazer a luz, mas a Luz nas trevas do coração humano.
Jesus nasce do nada... pequena Belém, numa manjedoura porque, para aquela família deslocada pelos mecanismos do império, não havia lugar. No entanto, Jesus é o Centro da história. Ele des-centraliza o mundo a partir da periferia, torna-se "ex-cêntrico" porque não combina nem se ajusta com a construção social de todos aqueles que controlam o mundo a partir de dentro.
A ação de Deus provoca um "deslocamento" geográfico, social, religioso... e todo aquele que pretende encontrar-se com Jesus terá de dar meia volta e peregrinar em direção às "margens".
O Senhor vem!
Nessa direção põem-se a caminho os simples , os pobres... os excluídos... os últimos... somente eles têm olhos capazes de reconhecer... a Esperança; a Ele vão todos os que em seu coração, lançam-se a uma busca aberta: somente quem deseja a Luz pode ver o brilho nos olhos do Menino de Belém! Sobre ele se inclina sua Mãe, em silêncio:
O Amor não precisa de palavras para ser entendido.
Na Noite Ele vem; no vento pronuncia o nosso nome; na cidade dos homens se deixa acolher: na solidão revela sua presença; na fragilidade se faz encontrar.
Jung dizia: "somos tão somente o estábulo onde nasce Deus". O estábulo está sem defesa, por isso, entram as chuvas e também o frio; mas é precisamente nas feridas de sua pobreza onde ocorre o nascimento da Vida, onde acontece, desde "aquela noite" a manifestação da glória de Deus, o perfume de sua compaixão.
Vamos também fazer este caminho em direção ao Deus "clandestino" para que as águas do Natal possam empapar nossas vidas e despertar em nós o assombro, a acolhida, o olhar contemplativo... diante do Menino que não fala e mostra tudo de Deus.
Que a bênção do Menino Jesus se faça presente em todos os lares!
(Pe. Adroaldo Palaoro,Sj)


Faço-o na certeza de que todas as palavras aqui expressam o que sinto no meu coração.
Quem me dera poder incutir tudo isto na mente e no coração dos entes queridos!
Mas NÃO SOU DEUS...
Queria tanto que no mundo não houvesse desamor... ingratidão... mal pensares... julgamentos precipitados... para que?
Algo bem de acordo com o espírito natalino ao meu sentir:
"Quanto às chateações, infelizmente fazem parte da Vida, já que a maioria das pessoas vive em estado primitivo de civilidade, agindo sob a influência de instintos primários e muitas vezes mesquinhos." 

Perseveremos!
O mundo ainda há de melhorar... O EMANUEL É CONOSCO!

 

Uma iniciativa da Sissi:
 
http://reflexoesrapidas.blogspot.com.br/

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