Participando da iniciativa da amiga Campirela
"El viaje que nunca Hice".
(A viagem que nunca fiz).
Fui em rastreio da felicidade, já havia desaproveitado lances demasiadamente, foram alguns anos de espera. Engendrei assentir um príncipe, daqueles que não existem mais. Um cavaleiro que me concedesse o infinito cá na Terra.
Na peregrinação, tive incontáveis assombros, a aeronave passou por uma turbulência gravíssima, ocasionalmente fosse o primeiro indício e eu não atentei.
Em conclusão, após um voo indolente, aterrissei numa terra singular, o abrasamento ultrapassava os quarenta graus.
Ele não estava me aguardando no aeroporto conforme o concordado.
Não havia automóvel, muito menos carruagem. Era um segundo resquício do meu desvario.
Nas conversas ao telefone, ele parecia tão incontestável, impecável. Teria sido fantasia minha? Meu coração se recusava a acreditar, foram anos achando que identificava o tal ser que se fez escrupuloso.
Peguei um táxi, me encaminhei ao hotel que cria reservado para dois e estar quitado, pois havia adiantado o respectivo valor ao ilusionário 'homem de bem' para pagar antecipadamente, como empréstimo. Uma suíte linda, com lençóis em tons azuis, a reserva não estava paga, fui eu que a liquidei, afinal, não iria pernoitar na rua.
Apelei ao telefone, nada... teimei e me vi bloqueada.
Principiei a perceber que havia caído numa armadilha virtual.
Fora do tempo, meu coração estava apaixonado por uma
assombração, meu ser doador já havia repassado muito dinheiro para um tratamento de saúde da mãe do suposto indivíduo amante filial.
Posteriormente, pela manhã, após viver a pior noite da minha vida, retornei ao aeroporto com meu onírico amor na mala e um desencanto mortal no âmago.
Tive a sensação de ter visto um vulto fantasmagórico na porta do hotel de luxo à beira-mar, que debochava de mim. Deve ter sido em virtude da minha imaginação surtada.
Foram inúmeros sonhos concebidos, identificar a nova família, desponsório e viver afortunada para sempre.
Em minha residência, numa cidade do interior, descortinei o que não me havia dado conta anteriormente por falta de lucidez.
Viajei nas asas da soledade em busca de um amor quimérico.
Evidente que ele não poderia estar lá, não existia na realidade, era um dos tipos que se faziam passar por virtuosos para engabelar a solidão feminina a fim de lhe arrebatar o material e o emocional.
Doravante, cônscia, sentia comiseração de quem cria em indivíduos que se faziam passar por perfeitos para mulheres iludidas e sonhadoras.
Devotei-me às crianças e aos idosos em Lares e Orfanatos.
(Levei na mala sonhos puros, trouxe lágrimas no coração. )
Nota pessoal: Tenho visto casos e mais casos de pessoas que se aproveitam das mulheres sozinhas e peritos em estorquirem dinheiro delas. Em meu Estado, notícias assim passam nos jornais nos alertando. Entrou dinheiro na jogada virtual, desconfia-se logo de ser um estelionatário assumido. A polícia anda atrás deles, por sorte.
Como perceberam, o texto foi escrito em primeira pessoa a pedido do Desafio da Campirela.
Não foi o meu caso, graças a Deus!
Pobres mulheres solitárias que caem nas investidas dos malogrados pela sua solidão digital!

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