quinta-feira, 5 de junho de 2025

Traçar Sonhos, Viver Pesadelos







Participando da proposta do Demiurgo:




Traçar Sonhos, Viver Pesadelos

Escolhi a proposta de número 7.

(Un personaje se casa con una mujer pálida, callada y misteriosa, para quien el tiempo no parece pasar).

Uma personagem se casa com uma mulher pálida, calada e misteriosa, para quem o tempo não parece passar.


Edvaldo sonhava, dormindo,  com um mulher perfeita, fez até uma relação escrita de predicados que gostaria de encontrar em sua diva, mulher maravilha.
Moveu céus a fim de encontrar Calista, uma misteriosa moça com quem tudo aceitou nas condições do interesseiro em dominar a relação a dois. Seguiu-o sem lhe contestar.
No início, ela se manteve calma, calada como ele gostava. Não reclamava de nada, tudo aceitava e até do comportamento leviano do marido, ela nada dizia.
O tempo se passava e ela, serena, não se abatia com nada, conservava-se intacta em tudo, ele só ria de contentamento, a voz final era sempre a dele.
Onde ele planejava ir, a levava junto e ela não abria a fala, de olhos parados, cabeça na mesma posição, sem movimentar seu corpo, uma verdadeira dama, dizia, orgulhoso, Edvaldo, o dominador das circunstâncias.
Ela não fazia questão de alimentos e o homem gostava do que estava economizando com mercados. Enfim, ela só lhe dava lucro em todos os sentidos pois não era dada a vaidades, nem a luxo algum.
Uma verdadeira dama, exibia o moço prepotente que achava ser o lugar de uma mulher a nulidade de tudo. Nem voz ela tinha, por isso não levantava nem opinava em nenhum tipo de assunto da sua roda de amigos.
Questionado por eles, respondia que tinha bom gosto, era inteligente o suficiente para escolher bem com quem repartir sua vida.
Foi envelhecendo e ela continuava passiva, imóvel, do mesmo jeito que quando a conheceu num lugar ermo e sombrio.
Os anos decorridos, sentia falta de um diálogo com ela que nunca ousou dizer um ai a nada do que seu esposo lhe falava.
Um belo dia, ele a questionou como ela aguentava não reagir a nada do que ele havia lhe feito durante tantos anos, qual era o segredo porque ela não envelhecia.
Como sempre, ela não disse um a e ele adormeceu eternamente. Teve um fulminante e não despertou do sono onde traçou sua vida amorosa contada até aqui.
A mulher pode, enfim, se libertar da prisão onde se manteve durante suas Bodas de Ouro com ele. 
Voltou ao seu lugar de origem, teve o sossego merecido.
Um dos seus amigos a fotografou, na partida de Edvaldo, com uma máquina super potente que captava o interior das pessoas.
Ei-la!




Bem que, nos dias atuais, poderia ser uma Mulher Reborn...

Participam também os amigos:








11 comentários:

  1. muy buen narrado, me encanta la idea de una mujer de ese estilo, aunque tal vez se corre algun riesgo con ella

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    1. Muito bem narrado, adoro a ideia de uma mulher desse estilo, embora talvez haja alguns riscos com ela

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  2. UAU! Que maravilha,Roselia! Criatividade nota MIL! Adorei! Iniciei meu dia aqui e tive que rir.Bom modo de iniciar o dia! beijos, tudo de bom,chica

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  3. Hola Roselia,
    La actitud de la mujer protagonista genera angustia durante todo el relato, aunque ella guarde la compostura y sea un remanso de paz, por lo que parece durante toda su vida de casada. Una época de silencios y limitaciones con muchas carencias! Una pena! Me ha gustado mucho ver que con la misma frase que he escogido yo ha salido un relato tan diferente! Un abrazote!

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    1. Olá, Roselia,
      A atitude da personagem principal gera ansiedade ao longo da história, embora ela permaneça serena e um refúgio de paz, aparentemente durante toda a sua vida de casada. Um período de silêncio e limitações, com muitas falhas! Que pena! Gostei muito de ver que a mesma frase que escolhi resultou em uma história tão diferente! Um grande abraço!

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  4. Hay jaulas de oro que no merecen la pena tener, no hay mejor oro que la propia libertad, ni aun el amor es tan sagrado.Con ella podemos hacer y vivir nuestra vida, la que cada cual elija.
    Un misterio de Dama.
    Besos

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    1. Existem gaiolas de ouro que não valem a pena ter; não há ouro melhor que a própria liberdade, e nem mesmo o amor é tão sagrado. Com ele, podemos construir e viver nossas vidas, como quisermos.
      O Mistério de uma Dama.
      Beijos

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  5. Una momia! Y yo que pensé que era una muñeca, inflable o robotica, pero sin voluntad. Muy metafórico tu aporte, Roselia. Un abrazo

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    1. Uma múmia! E eu que pensava que era uma boneca, inflável ou robótica, mas sem força de vontade. Sua contribuição é bem metafórica, Roselia. Abraços.

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  6. O conto resultou criativo e engraçado. Porém, a exigência de submissão da mulher, imposta por muitos homens, é trágica e abusiva. E, temos visto, que muitos não querem que as mulheres tenham autonomia.

    Beijo

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