segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Do Gostar ao Amar (Mari)

 





"À medida que os dias passavam, a evolução do gostar ao amar se acelerou.

Caninos Brancos mesmo começou a crescer no conhecimento disto, embora na sua consciência ele não soubesse o que era amar. Amar se revelava para ele como um vazio em seu ser, um faminto, doído, clamoroso vazio, ansiosos para ser preenchido. Era uma dor e uma inquietude, que recebia alívio apenas do toque e da presença do novo deus. Nestes momentos, amar era uma alegria para ele- uma selvagem, entusiasta e vibrante satisfação. Mas, quando distante do  seu deus, a dor e a intranquilidade retornavam o vazio se expandia nele e o premia com sua vacuidade e a fome rola, rola sem parar.

Caninos Brancos estava em processo de encontrar-se a si mesmo, Apesar de maturidade de seus anos e da rigidez dos moldes que o haviam formado, sua natureza estava em contínua expansão. Dentro dele borbulhavam estranhos e não procurados impulsos. Seu velho código de conduta estava mudando. no passado, ele tinha gostado do conforto e fugido do sofrimento, desgostando do desconforto e da dor e tinha ajustado suas ações em conformidade. Mas, agora, era diferente. por causa do novo sentimento interior, frequentemente escolhia desconforto e dor pelo bem do seu deus. Assim, de manhã cedo, e vez de circular e farejar, ou permanecer deitado num abrigado refúgio, ele esperava horas na desagradável dobra da lona da barraca por um sinal no rosto do seu deus. de noite, quando o deus voltava para  casa, Caninos Brancos deixava aquele quente buraco de dormir, que escavara na neve, para ganhar o amigável estalar de dedos e a palavra de saudação. Comida, mesmo a comida, ele deixava para estar com o seu deus, receber uma carícia dele ou acompanhá-lo à cidade.

Gostar tinha sido substituído por amar. E o Amor era como um chumbo mergulhado nas suas profundezas, onde o gostar jamais tinha chegado; uma resposta de suas profundezas era uma nova realidade; Amor. O que penetrava, ele devolvia em troca. Aquele era um Deus, realmente um Deus-Amor, um caloroso e radiante Deus, à cuja luz a natureza de Caninos Brancos se expandia como se fosse uma flor sob o sol."


Participando também da iniciativa da amiga Mari


Mãos amantes não manipulam,

Elas simplesmente amam.

Mãos amigas nos levantam,

Elas nos amorizam.

Mãos maternas sensibilizam, 

Continuamente cuidam.

 



7 comentários:

  1. Lindo! Há uma grandecdiferença entre o gostar e o amar. O amar muito mais abrangente.
    Gostei da música,Adoro Oswaldo Montenegro !

    E tua partipação ma Mari ficou muito legal!
    Que assim seja também o fds!
    beijos, chica e tuuuuuuuuuuuuuuudo de bom!

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  2. Belo texto, minha amiga. O amor é uma 'coisa' mais profunda do que o gostar. Você sempre se sobressai nas blogagens de que participa.

    Beijo e bom fim de semana

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  3. Gostei muito de ler, amiga Rosélia.
    Amar é isso mesmo, escolher o desconforto e a dor pelo amado.

    Beijinhos e tudo de bom!

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  4. Cumpristes lindamente o desafio da Mari, querida Roselia.
    Amei o texto e o vídeo.
    Sim, mãos amantes não manipulam jamais.
    Tenha um excelente fim de semana.
    Beijinhos
    Verena.

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  5. Gostei muito da história com a qual faz a distinção entre gostar e amar. "Caninos Brancos" encontrou essa diferença que mudou a sua vida. Que bonita participação.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  6. Que as mãos do bem estejam sempre sobre nós como bençãos. No mundo existem mãos que são carregadas de coisas ruins e desagregador as. É preciso sempre atenção ativada.
    Bela leitura querida amiga.
    Em tempo seu link está errado em Mari, ele direciona para Mari mesmo.
    Bjs e paz na feliz semana.

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