Na vida, não temos supersônico para resolver dificuldades, como Jesus não teve, mal temos uns amigos para nos ajudarem na caminhada pela oração pobre que fazemos no dia a dia.
Pretendemos galgar alturas imensas na Espiritualidade(como se já estivéssemos num avião espiritual de última geração) e não damos um passo para um Projeto de Vida.
Quando estou nas alturas (em consolação), muitas vezes num ano, penso muito nisso e reflito onde posso melhorar.
A própria altura, por si só, nos remete a um medo de que algo possa acontecer e em como estamos totalmente entregues à Proteção Divina: numa imensidão linda, dependendo de que todos controles sejam bem acionados para nos levarem ao destino feliz.
"Viver o céu na terra é um estilo de vida que os santos de calça jeans, os jovens, os pais de família, as crianças, e todos que querem podem, e devem assumir. "
Não me perco na beleza do que contemplo "lá em cima" pois posso deixar de contemplar o que me espera "lá em baixo" pois, algumas vezes no ano, vou ao encontro da mais sublime felicidade, noutras vezes, tenho que permanecer na terra tateando para sobreviver em meio à ingratidão, ao jogo cruel dos julgamentos e outros por amor a Jesus de Nazaré que 'se deixou prender' pelos mesmos que o colocaram ' nas alturas' no Domingo de Ramos.
Na imensidão de certos voos para o encantamento do meu viver e total alegria do meu coração, entrego ao Senhor Deus todo meu cansaço e batalha para galgar um lugar aqui neste chão abençoado onde Ele me deu para morar e residir (o que é muito diferente) e procuro aterrissar meus pensamentos e emoções para não querer ficar sempre 'aérea'. Ter meus pés na realidade, muitas vezes dura da solidão de não ter que os que amo por perto.
Madre Maria das Neves, fundadora das Irmã Carmelitas da Divina Providência onde tem um convento aqui próximo onde moro e já as conheço há mais de trinta anos, disse algo que sempre me encantou e que percebeu em vida, lógico, pois o que não fazemos aqui para melhorar nossa qualidade de vida, não será 'lá em cima' que o faremos...
"Ser livre para amar, para servir o próximo, adorar a Deus acima de tudo, me alegrar com o sorriso do irmão, em sorrir de ver uma criança sorrindo. Em perdoar e liberar meu coração para o amor, ser capaz de cantar canções que constroem e que me levam e levam os que escutam para perto do seu Criador.
Procuremos fazer o que ela deixou como legado:
"Vivamos com a consciência tranquila e teremos o Céu perto de nós!"
Levar em nossa mala na viagem da vida: não fazer o mal para ninguém, não difamar o próximo, não desperdiçar nosso amor com quem não o quer (apenas orar), não magoar o coração alheio e que nos ama, dar carinho na mesma proporção à medida do nosso possível e tantos outros modos temos de alegrar o Coração Daquele que 'vive nas alturas' mas insiste em nos cuidar 'cá embaixo' com tanto Amor e Ternura.
E, por falar em estreia... trago uma novidade boa:
Meu blog fez aniversário e quem ganhou presentes fui eu...
Vejam só quanta delicadeza!
Alma de poeta faz tudo brilhar...
o capricho de cada pacotinho me encantou deveras.
Abrir cada mimo,
depois de ler o cartão ricamente adornado,
foi pura emoção!
Palavras vindas do coração áureo...
Uma lindíssima caixinha, trabalhada em pérolas, onde guardarei minhas relíquias...
Até da netinha, a querida amiga se lembrou,
Não é extrema gentileza?
Não vou contar, com detalhes, a riqueza do livro infantil, devidamente adornado de uma extraordinária ternura para não perder a graça.
Só posso dizer que comprar todos os infantis dela é um presente valioso aos infantes.
Há pouca literatura infantil tão bonita. O que vemos mais são livros falando de crianças mas com mensagens adultas. Os dela, não. Um manancial de magia infantil muitíssimo bem escrito como é de se esperar pelo que vemos em seus blogs.
Deixo apenas um gostinho de quero mais:
"Nina olhou para a lua que parecia beber água no riachinho lilás e pediu-lhe para devolver o encantamento ao seu amigo."
Dos seus Poemas, após saborear os glomourosos versos da querida amiga Gracita Fraga, escritora e poeta, sobretudo amiga humildecomo poucos no mundo literário:
Um dos seus poemas escolhidos por mim para referenciar o nome do seu blog por onde tudo começou.
Um banho de emoção e ternura o livro em três capítulos.
O intuito das ressonâncias não é, de forma alguma, reduzir a postagem de cada um que foi excelente e pertinente. Vocês deram o melhor de si, foi tudo muito lindo.
Apenas ponho aqui o que me tocou o coração profundamente de todas que li, com todo meu carinho fraterno.
No Pós Pandemia, virá o Sol.
É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante. (Friedrich Nietzche)
A Espiritualidade é a razão e preenchimento na vida, assim como a necessidade e vontade de viver.
Ele é ligada à manutenção da saúde física, mental e social, havendo estudos, cada vez mais qualificados apontando os benefícios da direção do estrese, ansiedade e depressão.
Se acredito que há algo além do físico, estou numa elevação espiritual.
Somos corpo, alma e mente.
Se aprimoro os valores, os dons, talentos com que fui ornada ao nascer, vou polindo, tralhando meu fio de ouro, uso o que Deus me deu em benefício do outro seja em que campo for (na Espiritualidade não é diferente) , estou no caminho certo aqui na Terra.
A Espiritualidade traz vitalidade em meu viver.
"Viver o Céu na Terra é viver a liberdade de ser o que fui criada para ser. "
Há muitos de nós que ousamos pretender chegar ao Céu, mas não queremos saber de passar pelo calvário na Terra.
Gratidão aos queridos amigos que me consideram e leem meus posts há 14 anos, me dando crédito e confiando em mim.
Vocês são muito importantes para mim.
Guardo-os e os guardarei para sempre em minha memória afetiva, independente de seguir blogando ou não.
Sejam felizes e abençoados!
CONVITE antecipado (muitos me falaram ao se despedir: "até o próximo ano", então...):
No próximo ano, se Deus permitir, vamos fazer uma linda festa debutantes blogueiros.
Vamos dançar a Valsa das Palavras?
Tentarei reunir 15 blogs de 15 anos... Se Deus permitir. Seguindo com os de 14... etc. e tal...
Já havia dito a Chica que a Inspiração para os 15 me havia vindo e a dos 14 só veio no mês passado. Não me movo sem a Inspiração, como sabem...
Quero deixar registrado também que quase desisti de fazer a deste ano pois a maioria dos blogs estão de "férias coletivas" pelo que percebemos nitidamente. Não gosto de forçar ninguém, é anti ético.
Chica me deu força.
Entretanto, foi muito melhor do que eu esperava, fiquei muitíssimo contemplada.
Alguns fizeram sacrifícios para se tornarem presentes, inclusive.
Cada mimo ofertado por vocês (amo receber) guardo-os com todo meu carinho.
Gratidão, Amigos do meu 💙.
Sejam muito felizes e abençoados!
Uma delícia a tartelete de chocolate, uma bocadinho a cada um dos amigos no encerramento da comemoração dos 14 anos do blog.
"Quando se gosta de fazer alguma coisa, o tempo e a emoção vão juntos."
Assim é blogar por 14 anos...
Vamos tomar um cafezinho ou chazinho para lermos com calma?
Na Pandemia:
Vivi dias de silêncio, ventos fortes, sede, desertos da alma, dolorosos, tórridos e eles me conduziram a mim mesma porque dentro de mim havia um Oásis, uma Presença, um Lugar de Travessia.
Sofri muito, adoeci, vivendo o deserto do Amor, nos aborrecimentos múltiplos, a exemplo de Jó.
As ideias, as miragens, o sabor da poeira eram peso enorme para mim, dores, fadiga, solidão, ausências à flor da pele... como se fossem escorpiões venenosos, acusações, conflitos, tédios... carências, frustrações, impasses, separações, pulsão resfriada.
Mas os Frescores do Oásis permaneciam em paralelo... a Aliança com Deus se mantinha inalterada.
Foi um tempo de paciência, espera... sem cobranças da minha parte a Deus nem Dele comigo, com lucidez, ternura...
Eu que me julgava protegida, blindada contra mais sofrimento em meu viver... que nada! Foi o pior período da minha vida. Onde vi amizades desfeitas brutalmente. E não falo de estranhos... pode acontecer em família (e aconteceu comigo).
O Salmo 55, 12-14foi vivido integralmente por mm:
"Pois não era um inimigo que me afrontava; então eu o teria suportado; nem era o que me odiava que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido.
Mas eras tu, homem meu igual, meuguia e meu íntimo amigo.
Consultávamos juntos suavemente, e andávamos em companhia na Casa de Deus."
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A oração deve tornar-se espontânea - um simples movimento do coração - como o perfume da rosa ou o canto dos pássaros.
(João Cassiano)
No Pós Pandemia, voltei para mim mesma... de novo...
No luto físico e afetivo, casa vazia, corredores pareciam grandes, silêncios...
Voltei àLuz!
A leitura e a escrita foram minha labuta diária, incluindo, claro, artigos religiosos e a Palavra de Deus diária com mais intensidade.
"As palavras têm mais paciência do que as pessoas"
(Anne Frank)
O deserto que vivo se tornou meu hospedeiro hospitaleiro, acolheu-me na minha inteligência, nas investigações, nos cálculos, no fracasso, na Esperança...
Aceitei minhas contingências, com humildade, minha ignorância (meu não saber), meu ser considerada como um nada.
Deus me retornou ao meu eu real, disse não aos acasos, às nostalgias, passei a ver de novo as noites estreladas, a cada dia tentoabandonar feridas narcisistas. O espelho de minha alma está sendo reparado dos cacos estraçalhados que haviam ficado em meu ser.
Tomei maior consciência do meu pote de barro, sou feita apenas de argila, sou apenas pó, uma vez mais, mas MUITO AMADA POR DEUS.
Deus, na sua infinita Bondade, só não me deixou viver o deserto da fé, mesmo na decepção, na parcial desintegração do meu ser, a fé permaneceu irremovível e irrefutável. Aliás, como se prova a fé senão por duras provas?
Vivi sim a experiência do nada, como uma simples ave migratória, mulher de passagem, sem apoio afetivo, perdi Balizas de Fundamento no meu viver, era a travessia do meu deserto...
Vivi a provação de laços doces desatados...
Não é fácil... deserto das núpcias... deixar para trás o conhecido. Ficar face à face com meu nada.
Sofrendo sob um sol escaldante novamente, entre uma sarça de espinhos, tive que abandonar o que pensava já ter conquistado como meu. Renunciar foi preciso.
Deus é minha Pedra Preciosa.
No Pós Pandemia, a harmonização do Amor em meu coração se faz mister.
Teve que acontecer uma Alegria, uma Água Viva que me cura e restaura, como os Desertos Místicos, o lugar de lucidez, dos ascetas...
MinhaEspiritualidade se pontua, hoje em dia, na purificação das emoções, como um Prado Espiritual, uma conquista do Céu cá na Terra.
É a Saída para um mundo sem saída...
A Doce Presença de Deus, a tranquilidade mental, a libertação do ego, a receptividade das Dunas.
Minha vida espiritual para ser rica, deve se pontuar num contínuo oferecimento do meu eu, de tudo que me aconteça, que se cumpra a Vontade de Deus em mim!
Minha resposta aos Apelos divinos devem ser clamorosas mesmo que dolorosas, triunfantes, corajosas, não vacilantes. Assim é viver minha fé doravante, haja o que houver!
Pela Graça de Deus, seguirei firme na confiança do Senhor.
Muitas vezes, os oprimidos, os coxos, os órfãos, as viúvas, as necessitadas, sou eu mesma, então a caridade deve contemplar a mim também.
Vivo na consciência de que sou pecadora(como todos somos, segundo a Palavra), mas não fico emperrada, lenta, confio em Nosso Senhor, com Fé, Esperança e Amor.
Não devo viver só um Credo religioso, mas o Amor... lutar pela Justiça e correr riscos (de ser ferida pela opinião alheia).
Será meu maior testemunho continuar a crer em Deus, apesar de.
Mantenho-me firme à Espera do Senhor, mesmo vivendo em paradoxos constantes ao longo da minha vida.
Pela Graça de Deus, seguirei olhando para a frente, enfrentando obstáculos, de cabeça erguida.
Ganhei mais coragem, após Pandemia, e confiança em mim, maior liberdade ante TUDO, o silêncio e a solidão são meus aliados. Por isso escrevo tanto e tanto...
Ganhei de presente a serenidade de estar só, de produzir mais.
Deus me liberta, pouco a pouco de estar destruída, desamparada, em penúria afetiva, sobretudo.
Sigo confiante nas PROMESSAS DO PAI...
A Espiritualidade me dá doses de ânimo, de compaixão.
Minha alma é imortal, meu espírito movimenta-me, dá cor aos meus dias, é minha força vital que me faz respirar. Alimenta minha fantasia, espontaneidade, intuição e criatividade. Torna-me vivaz.
Conecta-me com Deus. Sou parte da natureza divina, os anjos protegem meu ser.
A Espiritualidade me liberta do meu ego severo.
Sou única, especial para Deus.
Posso florescer...
A Espiritualidade é meu tesouro, explora meu potencial, me desafia e me torna preciosa, única.
Ela é o Brilho de Deus em mim.
Assim vivo minha Espiritualidade após Pandemia... que ultrapassa rezar 1000 Ave-Marias, por exemplo, embora não seja contra a quem se dedica a qualquer Devoção desde que não seja fazer o mal aos semelhantes.
Sou muito mais Livre após a Pandemia!
Uma vez, uma senhora da família perguntou a um sacerdote sobre como ir à Missa, num período de férias de todos, se a casa estava cheia de filhos e netos pequenos precisando da atenção dela?
A resposta foi a seguinte: sua Missa é sua família que lhe necessita neste período.
No Pós Pandemia, A Graça de Deus me basta, o que me resta é a Fé. Sem ela, nada tem sentido. Com ela, posso Perdoar e Amar (ações mais sublimes, ultrapassam fazer coisas mil).
Família e seus cuidados...
Dores e enfermidades...
Solidão...
Etc...
Podem ser ofertadas como preces ao Céu... e têm muito valor aos olhos de Deus.
Viver como um troglodita sem se lembrar de Deus e suas bênçãos ao longo do dia, da vida, é terrível.
Cada um no seu Credo religioso, sempre respeitando cada crença é o melhor e mais acertado (politicamente correto, nos termos atuais).
Percebo que ainda muitos de nós confundimos Espiritualidade com Religião...
Posso praticar Religião sem Espiritualidade alguma... acontece muito conosco.
A pergunta que fiz para confraternizarmos foi justamente como anda minha Espiritualidade e não minha prática religiosa...
Após a Pandemia, tive mais certeza ainda do Amor de Deus por mim, Ele, Deus Filho, Jesus é meu Amigo Incondicional, jamais me abandonará, tenho certeza absoluta. Até meu suspiro final estará comigo.
Bodas de Marfim.
Muitas alegrias, algumas dificuldades, mas continuamos juntos, graças a Deus!
"É ASSIM QUE EU ANDO DE FESTA EM FESTA... DE ANIVERSÁRIO EM ANIVERSÁRIO..."
(Exupéry)
Ofereço 14 rosas brancas e amarelas aos 14 primeiros amigos do blog que, há 14 anos, me incentivam a prosseguir. Muitos deles eu conheci no real e foi muito bom.
Foram os comentários de vocês que me deram ânimo e generosidade e permaneci, crendo no que me disseram...
Aos amigos que foram chegando ao longo dos anos, meu muito obrigada também. Vieram renovar meu ânimo em perseverar.
Deixo aqui registrada também uma homenagem póstuma às queridas amigas inesquecíveis Diná e Zizi que muito me incentivaram na caminhada até aqui.
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