Memórias Amareladas (Mari)

Foto obtida no site de imagens gratuitas FreePik

Participo da iniciativa da amiga Mari

(Há 61 anos em 07/07/62, casamento do padrinho)

"Quando se torna contente

Ao despontar da existência

Nós folguedos da inocência,

A alma, que desabrocha

Alegre, cândida e pura,

Nessa continua ventura

É batido um hino: esperança."

(Casimiro de Abreu)

Quando faria 8 anos,

Vim da cidade à roça.

Casamento do padrinho,

Fui dama preciosa.

Com vestido brocado,

Fiz festa aos olhares,

Ficava como estátua.

 

Uma foto tão preferida,

Minha bonequinha querida,

Bastava-me, era amiga,

Afagava meu doce coração,

Acarinhava minha emoção.

Desde pequena sou meiga.

 

"Trouxeram-Lhe também criancinhas, 

para que Ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos repreenderam-nas.

Jesus, porém, chamou-as e disse:

"Deixai vir  a mim as criancinhas" 

e não as impeçais, porque o Reino de Deus é  daqueles que se parecem com elas".

(Lc 18, 15-16)

(Do tempo onde fui feliz)

Olho tuas fotos bonitas,

restam-me: lágrimas,

nada mais. O mal destruiu

o bom que você construiu.

Deus me consola como pode,

seu Amor Fiel me sacode.

 

"Tudo que amamos são pedaços vivos do nosso próprio ser."

Quanto às fotos de um modo em geral...

Ainda vejo fotos, mas muitas são motivo de dor e lágrimas. Já eliminei muitas ao longo dos anos.

É preciso apagar da memória (deletar) tudo que nos fez sofrer.

Dá certo, por experiência própria.

Tenho fotos de papel (antes da era digital) que rasguei pessoas indigestas ao lado das queridas e, graças a Deus, até do rosto me esqueci. Menos mal, visto que a dor que nos fizeram fica tatuada no emocional, pelo menos do rosto perverso não lembro mais. Agora, temos as digitais que, num click, se vão da mesma forma até que Deus nos cure no Tempo Dele. Muitas fotos servem para sofrermos de novo e de novo.

"Somos ricos quando percebemos que temos coisas que não trocaríamos por nenhum dinheiro do mundo."