O Macaco Perante o Juiz

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Ele não se cansou de fazer nossa divulgação com toda generosidade e gratuidade do mundo.

Obrigado Bond, de coração, estimado amigo virtual.

O MACACO PERANTE O JUIZ

(Lia Barreto)

É, sem perguntar se os incomoda ou se estavam dispostos a ouvir, começou:

O macaco perante o Juiz de direito.

Andava um bando de macacos em troca, pulando de árvore em árvore, nas bordas de uma grota. Eis senão quando, um deles vê no fundo, uma onça que lá caíra. Os macacos se enternecem e resolvem salvá-los. Por isso, arrancaram cipós, emendaram-nos bem, amarraram a corda e atiraram uma das partes à onça. Com o esforço reunido de todos, conseguiram içá-la e logo se desamarraram, fugindo. Um deles, porém não o pode fazer a tempo e a onça segurou imediatamente.

-Compadre macaco, disse ela, tenha paciência. Estou com fome e você vai fazer-me o favor de deixar-se comer.

O macaco rogou, instou, chorou... mas a onça parecia inflexível. Sim, então lembrou que a demanda fosse resolvida pelo Juiz de direito. Foram a ele, o macaco sempre agarrado pela onça. É juiz de direito, entre os animais, o jabuti, cujas audiências são dadas à borda dos nós, colocando-se ele em cima de uma pedra. Os dois chegaram e o macaco expôs suas razões.

O jabuti ouvi-o e no fim ordenou:

-Bata palmas.

A onça não teve remédios senão largar o macaco que se escapou, e também o juiz atirando-se na água.

Nesse mundo tão inflexível... impassível... indiferente... devemos mesmo pedir... solicitar... com insistência... içar... erguer... levantar para não cairmos na grota da onça e ter que sermos salvos...

Ainda bem que o Senhor se enternece de nós... se condoe... somos todos tomados por compaixão...