domingo, 15 de junho de 2025

Solitude na Adolescência

 


Participo da inciativa da amiga Ginebra

Tema: Adolescência


Tempo inquietante de buscas e incompreensões.
Donde o carinho interno infantil é surpreendido pelo zelo em excesso e maternal.
O amargor vem preencher a alma. Por que logo comigo?
Por ser o centro das atenções para os perigos reinantes?
Quanta disparidade!
O Dom das lágrimas recebido para a alma aliviar.
O sentimento romântico invade o meu ser, a doce espera do coração acalentar.
Que posso imaginar da vida? Se dela nada sei ainda e só estou a espera do bom e belo.
Previnem-me e roubam-me o melhor que poderia me ter acontecido... Pena mesmo!
Resta-me engolir o insuportável. Tragar o suportável. Tempo de muita melancolia gerada!
Namorar? Dançar? Passear? Ter amigas?
Não! Não! Não! Jamais! Pela vida afora se possível for, pois repressão é um lema imposto... 
Não coube diálogo, compreensão.
Medo gerado da vida, do amor, do ser humano, de caminhar com as próprias pernas e dos outros depender, uma sentença imposta para valer.
Sonhar como uma princesa, esperar como uma dama. 
Vestir-se de branco nos quinze anos, dançar em ritmo terno e brando. Sonhar com um beijo do príncipe, bastar-se com olho no olho enamorado, não mais.
Adolescente? Púbere? Infanto juvenil?
Que importa? Castelos imaginar, amor a esperar.
Doce espera conflituosa, coração dividido, pesar e dor, compreender as perdas iniciais.
Sensibilidade à flor da pele, coração povoado de doces encantos.
Não podia usar maquiagem, como todas meninas da época.
Se passasse um esmalte incolor duas vezes para ressaltar, era arrancado da minha mão antes de ir à missa.
Quando uma tia trazia algo moderno, não me era permitido usar.
Chorava muito pois era uma adolescente normal.



"Recebi um colete normalizador".
(J.R. Jimenez)



Explode, coração!



CURIOSIDADE DA ADOLESCÊNCIA
Gostava de jogar queimado, era do time da escola. Aprendi que o ato de passar a bola e recebê-la era um pouco do aprendizado que mais tarde necessitaria. Fez-me ter força interior para dar, receber. Jogo de inclusão que almeja gerar algo alegre.


Período onde a escrita suprime a falta de diálogo familiar.
Nada posso, nada me é permitido, só estudar, estudar e estudar.
Degraus conquistar, galgar andares do êxito cultural, estudar datilografia, corte e costura, latim, inglês, francês, cultura universal.
Como não corresponder? Avante! Neurônios polidos, êxito vivido nos estudos.
Vitórias encaminhadas, conquistas desejadas e lutadas.
Mãos ao lápis! Diário fraterno, companheiro amigo.
Coração excitado, doce e acelerado.
Solidão em meio a mil letras conjugadas. Sabores renovados.
Quem pode me impedir de sonhar?
Nunca, ninguém, jamais!
Tecer desejos, incutir e engolir afetos.
Coração, se contenha!
Espere com paciência e mansidão.
Um dia vai dar asas à sua imaginação.
A vida se renova.
Doce tempo, afinal!
Tempo de afeto reprimido, conflitos púberis debaixo do tapete. Registrado nos diários, em livros depois de lidos.

"Discretamente enviei sinal de socorro aos amigos.
Ninguém ajudou.
Me virei sozinho.
Isso me endureceu um
pouco mais."
(CAIO FERNANDO ABREU)





sábado, 14 de junho de 2025

Isso é lá com Santo Antônio!

 



Curtinhas Chica




Com as palavras 
festa- fogueira- tarde

Numa noite muito fria, quase gelava, faziam a festa tradicional ao redor de uma grande fogueira a fim de se aquecerem do frio em temperatura muito baixa, com menos de dez graus. 
Era muito tarde quando José resolveu pular a fogueira, não conseguindo de tudo, queimou seu suspensório. 
Josefina gritou do outro lado:
- O seu Santo Antônio, eu lhe pelo um casamento e quase me tira o futuro marido, me deixando viúva?
Todos riram muito e José, como recompensa à Josefina, para ela não se aborrecer com o santo de predileção, a pediu em casamento ao redor da fogueira.
Viva o Santo casamenteiro!

(bolo de milho verde)

(mugunzá)

Hoje tem canjica por aqui, ou melhor, mugunzá (milho amarelo), bolo de milho verde...  Hum! Que delícia!

E aí comemoram a Festa Junina de Santo Antônio?


Aqui no ES, temos uma igreja mais antiga do Estado, linda na sua arquitetura, cujo padroeiro é o Santo do dia.


Vejam que lindo  o Hino!

O que mais me encanta no santo é que sua língua ficou incorrupta, ele a usava para louvar a Deus e não para caluniar os irmãos.

Tem mais do meu Santo de estimação Aqui.




sexta-feira, 13 de junho de 2025

Viva Santo Antônio!

 








A vida requer o amor
B om cuidar como flor
C uidado a não ter dor.

D eus nos dê compaixão
E le nos alivia o coração
F aça doce nossa união.

G arra e determinação
H aja ânimo, animação
I ndependente vibração.

J amais causar os danos
L evar tudo sem enganos
M achucar fere ânimos.

N a intimidade do viver
O rar pelo compreender
P ara afinar bem-querer.

Q uero jamais ofender
R epreender é fenecer
S ó lutar a surpreender.

T odos os dias apoiar
U m ao outro animar
V em de dentro, Amar.

X is da questão é cuidar
Z elar a servir e durar.


Temos dois Onomásticos de amigos muito queridos que participam conosco de nossas iniciativas virtuais:

Antônio Reis (Toninho - Mineirinho)


Obrigada, amigo Toninho.


Antônio Apon

Aqui no Brasil, temos Santo Antônio como protetor dos casamentos. Por isso, o comemoramos desde as Vésperas, no Dia dos Enamorados.



Participo da iniciativa do Juvenal Nunes

Salve meu  Santo Antônio, o preferido,
O protetor da minha ungida Oblação,
Intercessor da minha aflição,
Meu amigo muito querido.

Na angústia, um precioso bálsamo,
Na alegria, sempre um bom afago,
Ele protege, é meu arrimo,
Dá vigor ao meu ego.

Salve, salve, querido Antoninho,
O santo da minha  predileção,
Sinto por ele muito carinho,
Põe amor no meu coração.

Continuação sobre Santos Juninos Aqui 

Viva o Dia dos Enamorados no Brasil!






quarta-feira, 11 de junho de 2025

Honradez (tautograma)

 


Uma iniciativa da amiga Gracita Fraga.









Honradez (valor ético)



Honestidade? 

- Hilária.


Histeria? 

-Horrível.


Hostilidade? 

-Horrorosa.


Hospitalidade? 

-Humanitária.


Humildade? 

-Honorável


ou (segunda participação)


Haverá Horrores 



Humberto Horácio,

Humilde, harmonioso,

Habilidoso homem, 

Habitual heroísmo.

 

Havia holofotes,

Herança hesitante,

Hereditários hereges

Honram horas herméticas.

 

Heróis hidratam harmonia,

Hibernam hipocrisia,

Homenageiam hombridade,

Honram honestidade.

 

Homologam humor,

Hesitam hostilidades,

Habitam horizontes holísticos,

'Hipotermam' hipocondríacos.

 


 Que o Espírito Santo de Deus derrame sobre nós seus preciosos Dons!







terça-feira, 10 de junho de 2025

Missionário Incansável





Reza do Povoado

Lá vai a tal procissão
Na Igreja, comunhão.
Canto bem embalada,
Galera ungida, animada.

Uma vida misturada,
Há naquela região.
Penso bem instigada,
Há prática da Religião?

Naquela linda cidade,
Tais como vivem, são,
Há muita sinceridade,
Na ingênua Devoção.

A boa Fé se enraizou
No coração do bom povo.
Um renovo se firmou,
Reunião se faz de novo.

Um povo mais asceta
Tem muita expressão.
Lutas não lhe faltarão.

São José de Anchieta,
Peço-lhe, com Devoção,
Seja nossa Intercessão!










Padroeiro e Apóstolo do Brasil, salve!


sexta-feira, 6 de junho de 2025

Traçar Sonhos, Viver Pesadelos







Participando da proposta do Demiurgo:




Traçar Sonhos, Viver Pesadelos

Escolhi a proposta de número 7.

(Un personaje se casa con una mujer pálida, callada y misteriosa, para quien el tiempo no parece pasar).

Uma personagem se casa com uma mulher pálida, calada e misteriosa, para quem o tempo não parece passar.


Edvaldo sonhava, dormindo,  com um mulher perfeita, fez até uma relação escrita de predicados que gostaria de encontrar em sua diva, mulher maravilha.
Moveu céus a fim de encontrar Calista, uma misteriosa moça com quem tudo aceitou nas condições do interesseiro em dominar a relação a dois. Seguiu-o sem lhe contestar.
No início, ela se manteve calma, calada como ele gostava. Não reclamava de nada, tudo aceitava e até do comportamento leviano do marido, ela nada dizia.
O tempo se passava e ela, serena, não se abatia com nada, conservava-se intacta em tudo, ele só ria de contentamento, a voz final era sempre a dele.
Onde ele planejava ir, a levava junto e ela não abria a fala, de olhos parados, cabeça na mesma posição, sem movimentar seu corpo, uma verdadeira dama, dizia, orgulhoso, Edvaldo, o dominador das circunstâncias.
Ela não fazia questão de alimentos e o homem gostava do que estava economizando com mercados. Enfim, ela só lhe dava lucro em todos os sentidos pois não era dada a vaidades, nem a luxo algum.
Uma verdadeira dama, exibia o moço prepotente que achava ser o lugar de uma mulher a nulidade de tudo. Nem voz ela tinha, por isso não levantava nem opinava em nenhum tipo de assunto da sua roda de amigos.
Questionado por eles, respondia que tinha bom gosto, era inteligente o suficiente para escolher bem com quem repartir sua vida.
Foi envelhecendo e ela continuava passiva, imóvel, do mesmo jeito que quando a conheceu num lugar ermo e sombrio.
Os anos decorridos, sentia falta de um diálogo com ela que nunca ousou dizer um ai a nada do que seu esposo lhe falava.
Um belo dia, ele a questionou como ela aguentava não reagir a nada do que ele havia lhe feito durante tantos anos, qual era o segredo porque ela não envelhecia.
Como sempre, ela não disse um a e ele adormeceu eternamente. Teve um fulminante e não despertou do sono onde traçou sua vida amorosa contada até aqui.
A mulher pode, enfim, se libertar da prisão onde se manteve durante suas Bodas de Ouro com ele. 
Voltou ao seu lugar de origem, teve o sossego merecido.
Um dos seus amigos a fotografou, na partida de Edvaldo, com uma máquina super potente que captava o interior das pessoas.
Ei-la!




Bem que, nos dias atuais, poderia ser uma Mulher Reborn...

Participam também os amigos:











terça-feira, 3 de junho de 2025

Sombra e Água Fresca

 



(foto do filho, 6 graus)




Inverno

Tempo de ser ostra, ser incrustado, interiorizado, encastelado, com medo do frio na alma?...

Levantemos a cabeça, imaginemos o sol, calor, praia, algo que nos desperte,  abra nossa mente, que não encuquemos, que não nos fechemos em nós!

Como vão de inverno por aí, bem? Ou têm um verão escaldante a enfrentar?

Uma imagem, uma trova 17

 

Imagem para inspiração:


No remanso da boa vida 
Procuram vigor na lida.
Sombra, água muito fresca,
Numa tarde veranesca.


Uma iniciativa da amiga Lúcia



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...