domingo, 23 de agosto de 2009

Natal ( II )



Publicado em 22 de dezembro de 2008 no http://espiritual-idade.spaces.live.com/

Busca do Amor

Faze de nossas vidas
Uma busca do Amor!
Só Ti, Senhor,
Podes  livrar-nos
Dos simulacros do Amor...

Dá-nos
O Amor
Sem adjetivos

O Amor
Mais forte que a morte!
O Amor
Que não se fragmenta,
Que não se quebra,
Que não se diminui,
Que só faz crescer!

(Dom Hélder Câmara)

Hoje sinto que devo colocar algo sobre o AMOR, afinal o que é NATAL que não seja AMOR?
QUEM É ESTE DEUS MENINO a não ser o AMOR revestido de carne e osso?
Neste dia, DEUS me presenteou com um diálogo sobre o AMOR com um amigo sem que eu me preparasse para tal, foi a surpresa do inesperado...
Falamos de várias possibilidades do verdadeiro AMOR.
Homem e mulher conversando sobre este tema, tem mesmo que haver divergência.
Ele até já me havia dito que a mulher, sendo regida por "Vênus" e o homem por "Marte"...
Nos faz sermos diferentes...
Eu não entendo porque alguns homens confundem Amor com Paixão...
Mas sinto que a Paixão é a "alma" de tudo que fazemos com garra, até comentamos sobre isto.
Até mesmo na Amizade há que haver Paixão.
Nas causas mais altruístas... tem que "pintar" a Paixão.
Conversamos sobre os "interesses" num casamento... Aí temos bastantes divergências.
Passamos um pouco nossa experiência pessoal e a dos filhos sobre diversos relacionamentos nesse sentido.
Vejo como os homens são pragmáticos e numa pergunta sobre o motivo "racional" do casamento" eu me calei... pensei... e sem achar uma resposta de imediato me vi...
Ele investe na Paixão como fator de desempenho para uma relação mais profunda...como fonte de incentivo mesmo para qualquer iniciativa neste "campo"...
Grandes mudanças reconheço que vêm mesmo da força imperiosa da Paixão.
Falei de algo guardado em meu coração há meses, desde a ocasião da morte da menina Eloá, que me marcou muito e que acredito piamente deva ter passado despercebido da maioria dos telespectadores num noticiário de TV.
Um jovem de apenas dezesseis anos, colega de turma da menina falecida, deu, no meu modo de sentir, uma definição nobre sobre o AMOR, em relação ao crime passional cometido na época: O AMOR NÃO PERSEGUE... ELE NOS ALCANÇA!
Verdadeiramente creio que é assim...
Lembro-me de uma definição de AMIGO numa mensagem que ouvi: ANJOS SONSOS que já publiquei neste blog...
O AMOR para mim também me alcança...e é "sonso"... quando percebo já tomou conta do meu coração, invadiu "meu pedaço"...sem que ao menos eu quisesse ser invadida...
Falamos bastante nossas diferentes opiniões sobre este tema tão divergente.
Confesso que sua concepção masculina me "perturbou" bastante e até lágrimas me rolaram na face, depois que nos despedimos na Rodoviária.
Como os homens, de um modo geral, não percebem as mulheres como independentes e ternas ao mesmo tempo?
Como eles generalizam o "sexo frágil" por alguma experiência pessoal, sem dar uma "brecha" para uma possibilidade de diferença...?
O AMOR não é para mim condição material por excelência, mas sei do desejo que se tem de se PROTEGER (cuidar) a quem se ama... assim o é com os filhos da gente... com os amigos...com os pais...com os familiares...
Este tema AMOR está estreitamente relacionado com o NATAL.
Se não há AMOR entre as pessoas, as famílias, de que adianta se encontrar, partilhar os alimentos, presentes...?
Não acredito no AMOR apenas como instinto de sobrevivência, de forma alguma.
Vejo que é algo maior, impossível de se evitar quando atinge o nosso coração...sem que ao menos a gente tivesse querido a presença dele.
Durante muito tempo, falei a quem me pedia opinião, sobre uma certeza interior sobre o mesmo:
ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADA... ANTES BEM ACOMPANHADA DO QUE SÓ...
DEUS É AMOR! DEUS É COMUNHÃO! Não nascemos para sermos sós, mas às vezes é inevitável a solidão.
Até lhe disse da pior solidão existente que é a SOLIDÃO A DOIS.
Sei, é lógico, que o AMOR não é cego...
Mas sei também que o AMOR é fonte inesgotável de vida.
E que supõe renúncia, perseverança, ÂNIMO E GENEROSIDADE.
NATAL é tempo de rever relações sejam de que espécies forem.
É tempo não só de arrumar a casa exterior, mas sobretudo a do coração.
Estou pedindo a DEUS para não deixar "seco" nosso coração, que ele não fique como a figueira estéril.
Mas o mais bonito é que o AMOR (que vem de DEUS) CONSTRÓI REDES, LAÇOS para mais dilatar o coração e nunca vem revestido de egoísmo, em hipótese alguma.

ESTOU CHEGANDO DE UNS DIAS NO RJ, COM AMIGOS E PARENTES.
Meu NATAL se antecipou de verdade, recebi tanto afeto de todas as pessoas, sem exceção. Fiquei "em alta", renasci...
Trouxe em meu coração, inundado de carinho, muitas lembranças envolventes.
DEUS resolveu me amar... completando minha incapacidade... por aqueles que não me amam... pelo AMOR de quem me quer bem...
Neste ano pude experimentar a estreita relação de AMOR E AMIZADE ... eles andam tão juntinhos, difícil mesmo de saber quando está um... quando está o outro...
Ainda bem que DEUS nos dotou não só de inteligência, mas também de emoção!
Ainda bem que o MENINO QUE VAI NASCER vem acalentar o nosso ser e tirar a "frieza" do nosso coração.
Quando uma mulher só quer de um homem seu sustento...está gerando um círculo de ódio incubado mesmo sem querer...e denegrindo a imagem com que DEUS nos capacitou. Que pena! Os Juizados de Pequenas Causas estão lotados destes interesses...
Pena que muitos homens não percebem que nem todas são iguais...e que ainda há exceção... como toda regra.

Que neste NATAL, já tão pertinho, a gente possa se olhar olho a olho (como fizemos meu amigo e eu) e ainda desejarmos de coração sincero um NATAL de amor e paz para nós mesmos e para todos os que amamos!
Agradeço a DEUS, de um modo muito especial, por haver ainda homem sensível e a gente pode encontrar. Que bênção!
Que verdadeiro presente de NATAL!
Que tenhamos todos, sem exceção, homem e mulher, DOÇURA, vejo que é a questão!


Quero ainda deixar neste diário virtual uma mensagem para que possamos refletir com carinho:

O Poder da doçura e da atitude com doçura

"O viajante caminhava pela estrada, quando observou  o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.
Foi seguindo-o por muito tempo.
Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.
O viajante continuou a segui-lo.
Bem mais adiante, o que era um pequeno rio, se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo aos visitantes de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo palas pedras, ao lado de uma das cachoeiras.
Descobriu, finalmente, uma gruta.
A natureza criara, com paciência, caprichosas formas na gruta.
Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras pelo tempo.
De repente, descobriu uma placa.
Alguém estivera ali antes dele.
Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos.
Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:
Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir a suavidade consegue esculpir."



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