Fui gerada pelo Criador para simbolizar a vida verde, a Mãe Gaia efusiva. Entretanto, muitos gananciosos resolveram me tombar sem mais nem menos. Impiedosamente, com uma motoserra, cravaram em mim e experimentei meus instantes crucicais.
Senti tanta dor, que lascinante sensação horrível,
Não queiram experimentar tal maldade.
Enquanto eles me cortavam pela raiz, acabava minha esperança e começava meu sofrimento. Sem meu tronco, não tinha resistência aos ventos, quando arrancaram abrupamente, mesmo com dificuldade, minhas raízes, vi que acabou mesmo minha sustentação, a oportunidade de me reconstruir.
Era meu fim, a derradeira história de uma pobre árvore que sonhava em produzir oxigênio à humanidade, em refrescar um pouco o povo no calor causticante, nada eu poderia fazer mais pela humanidade. Não tinha mais nutrientes, reduziram toda minha capacidade de fotossíntese. Fui reduzida ao pó, como todo ser humano mortal. Uns me puseram à lenha. outros fizeram móveis e objetos de madeira, mas minguém sabe tudo que passei ao ser cortada aos pedaços, me sentindo em destroços.
O que fazer com os efeitos climáticos que sangram catástrofes pelo mundo?
Era mais uma noite feliz, Natália estava sozinha em casa, nenhuma viva alma ao derredor.
Fez tudo o que costumava fazer, caminhada, comida, arrumação da casa, cuidado com as plantas e da sua própria higiene. À tarde, se tinha compromisso, saia. À noite, escrevia e lia.
Na hora de dormir, deixava sempre uma luzinha acesa após escrever na sua escrivaninha, com a luminária acesa.
Aquela pequena chama denotava sua luz interior que nunca se extinguira mesmo nos momentos mais difíceis.
Uma lição que ela tinha para com ela mesma, não se deixar esmorecer, nem apagar sua própria luz, houvesse o que fosse.
Uma vizinha doente, uma certa vez lhe perguntou porque não apagava a luz, visto que a conta de energia estava cara. Havia visto uma frestinha pela janela do corredor.
Ela lhe disse que era um símbolo de resistência... um ânimo para que, ao dormir, seria tempórária a pouca luz, logo viria, ao amanhecer a claridade radiosa. A que ilumina mais do que um candeeiro, a claridade que compete com à da alma de quem ama viver na ausência de luz (desanimada) ou em dias iluninados (com ânimo redobrado).
"A tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho."
Havia indícios de mudança no clima, todos estavam de sobre aviso.
Nunca ninguém imaginava que o pior aconteceria, mesmo tendo sido alertados.
De repente, em pouquíssimo tempo, um tornado abateu toda a cidade.
Foi horrivel!
Ninguém acreditava no que estava presenciando no Brasil.
Tudo era fora daqui... longe... ninguém dava importância aos efeitos climáticos... a vida continuava normal para todos apesar de que, em outros paises, as coisas já denotavam como seria, caso acontecesse.
Já no ano anterior, outro Estado havia sofrido uma inundação cabulosa. Tinha sido medonho.
O Brasil, que tem fama de ser tropical e sem tragédias climáticas, estava agora dentro dos efeitos danosos da clima.
O que fazer para evitar que nos atinjam piores tragédias como ocorreram já em países considerados de "primeiro mundo" e, agora, está diante dos nossos olhos, bem dentro do nosso coração?
Socorrer os que perderam tudo... dar consolo aos enlutados? ...
Estamos nas mãos do nosso descaso com a Terra.
Gastamos demais os bens que nos foram dados, estamos pagando o alto preço pelo desperdício, UM VERDADEIRO ATOLEIRO.
Estamos não só dentro do "olho do furacão" como também à mercê de um pesadelo interminável ou que extinguirá com tudo...
Para quem tem fé, cabe pedir ao Bom Deus, sua eterna Misericórdia.
Um dia, uma jovem senhora negociou todos seus pertences para concordar com seu marido e domiciliar-se em outro país da ascendência dele.
Em meio a toda sorte de promessas de uma prosperidade, visto que ele não se dera bem com a familia dela, resolveu lhe dar uma oportunidade pelos martírios que já havia passado no Brasil.
Ele foi preliminarmente e ela, após deliberar documentação (passaportes) que, na época, não era como hoje no Mercosul.
O proceso foi muito doloroso, com todo tipo de trastornos, tinha tido seu último filho e, ainda no reguardo, teve que partir somente com suas crianças e a roupa que coube nas bagagens. Nada mais...
Só que, na véspera de viajar para outro país, sofreu um assalto e levaram tudo que ela tinha resgatado no banco para o itinerário, absolutamente tudo e o que ela havia vendido. Muito jovem, há muitas décadas, tinha pouca experiência com a questão financeira.
Nunca lhe passou pela cabeça que era um sinal de que não deveria ir.
Uma amiga de muitos anos lhe emprestou uma soma que dava para viajar sem problemas, só que sem respaldo maior para o que viria...
No voo direto, sem conexão, sem nenhuma turbulência e uma das crianças, com menos de um mês de vida, acomodada num bebê conforto e mamadeiras pois ela teve uma quebra de resguardo por aborrecimentos e seu leite desapareceu de um dia para outro, não podendo mais amamentar.
Chegando ao tal país, foi bem acolhida no aeroporto e mal sabia ela o que lhe esperava. Nada era como seu esposo lhe fez crer.
Teria que morar com a sogra que foi sempre uma verdadeira 'bruxa'. Infelizmente, a teoria com aquela mulher impiedosa não saiu do habitual, era uma verdadeira cobra revelada logo nos primeiros tempos de convivência.
A jovem senhora começou a adoecer, muitos aborrecimentos lhe infligiram a radical mudança de vida.
Um único mês do ano em que fazia calor e era saudável, aproveitava para ir com as crianças à praia na capital, morava perto e ia à pé com eles, parando nos parquinhos para diverti-los. Era o único alento que tinha.
Parece uma história da carochinha, mas foi verídica e ela, ao fim de alguns poucos anos, persuadiu seu esposo a retornar ao seu país de origem. Na época, com o visto vencido, estava praticamente refém do marido. Como tinha um familiar dele na imigração, conseguiu voltar e depois de muito sobressalto e adversidades, pode se livrar dele de uma vez por todas.
Seu amor havia passado pela fase Encanto e Desencanto.
Ela que tinha muita fé e garra de leoa, conseguiu sair da desolação constante e soube ascender à Integração e até à Reintegração.
Na vida, doutrinou-se, fora tocada pelo condão mágico do amor, deixou seu sapatinho no coração de quem não a mereceu, viajou na abóbora da ilusão, o príncipe virou sapo e conviveu com a maçã envenenada ofertada pela bruxa má.
Como tinha uma Fada Madrinha que lhe protegia, pode se reerguer como águia.
Hoje em dia, seus filhos já criados e adultos responsáveis, sua vida tem sentido desde que se viu liberta de um narcisita nato.
"As pessoas mais fortes que eu conheço são mulheres que já se quebraram em mil pedaços, mas continuam se reconstrindo."
Aprendeu com o Pequeno Príncipe:
"O pequeno príncipe pergunta (Questiona) à serpente:
- Você não se sente sozinha aqui no deserto?
E ela lhe responde:
- "No meio da multidão, também nos sentimos sozinhos."
(O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint Exupéry)
Também com Machado de Assis:
"Não precisa correr tanto; o que tiver de ser seu às mãos lhe há de ir."
P.S. Aqui no Brasil, temos há anos, uma iniciativa toda quinta-feira (jueves) da querida amiga Chica, coincidindo com a dos queridos amigos da Espanha, Chile, Argentina, que tenho acompanhado desde o início do ano. Assim que faço logo no início da semana para não colidirem ambas.
Aproveito o ensejo para agradecer aos amigos dos 'JUEVES' que me leem com toda atenção e me incentivam muito com seus eloquentes comentários. Vocês chegaram ao meu contato virtual quando no Brasil estava tudo muito devagar em termos de blogs e desafios... A amiga Chica comentava comigo. Animaram-me muito, pois escrevo por prazer. Além do que as propostas de vocês são muito ricas e interessantes, desafiadoras mesmo. Adoro discorrer sobre outros assuntos diferentes dos que estava habituada. Mexem com nossos neurônios.