segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Criança que eu fui







Hoje estou participando da série da querida amiga Norma Emiliano: A CRIANÇA QUE EU FUI... é só conferir meu post no Blog dela:

http://pensandoemfamilia.com.br/blog/resiliencias/roselia-a-crianca-que-eu-fui/

Roselinha revive! Viva!


Hoje vou tirar a minha criança do fundo das prateleiras...
Fui uma criança cativante... solta... voava... sonhava alto... me perdia nos castelos dos livros infantis... era a princesa dos contos de fada... gostava de música... sentia saudades...


Quando criança, me recordo muito bem de que brinquei demais de pique... boneca, casinha, de professora... do " cravo brigou com a rosa"... de passar anel... de cantigas de roda... com meus primos e irmãos...
Ah! Que saudade!
Em minha casa tinha quintal grande, dois lotes, pé de goiaba... jardim, coqueiros diversos... e outros...
O lugar era interiorano e sem problemas de violência de espécie alguma...
Tive minhas bonecas, adorava jogar, podia conversar com os primos de diversas idades... os tios perto sempre...
Cada vestidinho lindo eu usava... até hoje me sinto muito melhor de vestido ou saia... creio que é reflexo de criança... os laçarotes nos cabelos cacheados... muito bem penteados...
As minhas brincadeiras eram coletivas, grandes rodas e mil peripécias...

Brincávamos de adultos... de faz de conta... Mas permanecíamos crianças... muito legal!
Lia muitos livros de histórias dados pelo meu padrinho (tenho até hoje o de poesia e da Alice no País das Maravilhas) me envolvia tanto com os personagens que até hoje gosto muito de ler e escrever e de viver mil sonhos na realidade... nada me amargurou a vida terminantemente... aqueles livros infantis se tornaram para mim uma lição de vida... fantásticos!

Aprendi que brincar é coisa séria... não é simples diversão... ajudou a construir-me...
Gostava muito de comer mingau de todos os tipos mas o preferido era o de fubá de milho...

Quando chegavam as férias ia para o interior com a família... a roça sempre me fascinou... a vida calma... mais calma ainda do que onde morava... também um pouco zona rural... brincava com as plantinhas quando ia pra casa da minha avó Celina...
Também ficava triste... Reconheço que era pura demais... inocente como uma flor...

Até meus oito anos, quando a primeira comunhão aconteceu, era totalmente ingênua...

Ah! Tempo perdido... longínquo... de fantasia!
Tive muito medo de trovoadas, relâmpagos... raios...


Como gostava de sentir o cheirinho de terra molhada da chuva que caía no quintal! Ficava encantada com o céu... contava carneirinho, me extasiava vendo as Três Marias... a constelação Cruzeiro do Sul...
Adorava ir à praia com minha família... A praia de Ramos era limpíssima, acreditam?
Não era birrenta... mas ficava amuadinha que só!

Quando a mãe me batia por causa das travessuras dos meus irmãos... todos tinham que apanhar mesmo que eu não fizesse nada... ficava muito tristonha... no cantinho quieta... com muito medo...
Quando me vesti de noivinha para a primeira comunhão (aos 8 aninhos) foi o meu melhor momento da primeira infância... Me senti a menina mais feliz do mundo...

Aos nove, gritava quando percebia "roubo" nos jogos infantis em grupo na roça no ES quando lá ia, com sua família, de férias: "Mas que roubalheira!" exclamava indignada... quando cresci, aprendi que sinto atração pelos injustiçados... e me movo para eles... e por eles... por questão de temperamento.
Fui muito exigida no bom comportamento e nos estudos, mas é a vida!

Mas tive motivos de sobra para aprender a conviver com conflitos e dores... Ainda bem!

Estudei muito e nem por isso, na minha infância, deixei de ter tempo de ser criança e tive tempo para brincar...

Fui criança!
Será que ainda não o sou?

Apenas cresci... ainda bem que a minha criança não morreu em mim...


"Minha criança adivinhou, em seus sonhos, o adulto que eu queria ser.

E traz alegria e esperanças à minha idade atual.
Hoje sou, há muito tempo, o adulto que sonhei ser.
Talvez com menos tensões, mas igualzinho em meu modo de amar a vida."

(Artur da Távola)


Esse é uma parte do muito que vivi na infância...... depois cresci mais um pouquinho e aí a minha vida mudou...


"É MUITO TAGARELA E TEIMOSA, MAS NO FUNDO É UMA BOA PESSOA".
(Exupèry)

Meus amigos, estou na roça ainda, logo logo responderei os comentários com muito carinho.
Deus os abençoe,
Orvalho do Céu

19 comentários:

  1. ROSÉLIA ADOREI LER SUA HISTÓRIA DO TEMPO DE CRIANÇA,SUA MENININHA VIVE DENTRO DA MULHER QUE SE TORNOU BELA E FELIZ!
    BEIJO

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  2. Nossa que delícia de postagem Orvalho do Céu!
    Voltei à minha infância com as citações pois eu
    também nasci e fui criada no interior e também morávamos numa casa com terreno enorme que tinha várias frutas entre elas goiabeira,laranjeiras,até uma jabuticabeira que eu achava a mais linda das árvores quando estava carregada de jabuticabas até o solo, belíssima.
    Corria brincando de pique de esconder,queimada, entrava na roda com pai Francisco,jogava amarelinha,subia em árvores,era uma verdadeira molequinha.
    Nossa família pelo lado paterno morava toda perto e isso facilitava muito brincarmos juntos todos os primos e irmãos(meus pais tiveram 6 filhos),era uma farra.
    Depois fui para o ginásio e as brincadeiras mudaram um pouco.Aí cresci. E as coisas mudaram muito.Mas o que importa mesmo é que tive uma infância muito feliz.
    Adorei sua postagem.
    Boa semana para você.
    Teca

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  3. Rô,
    Você esqueceu de dizer que os laçarotes nos cabelos bem penteados foram caprichos de nossa mãe, assim como os vestidinhos lindos eram feitos por ela, que sempre os fazia iguais para nós!!!
    Fomos de um tempo e de uma família que exigia, que "tomava a lição de Casa", mas isso teve o lado bom.
    Tivemos uma infância muito legal, certamente, por tudo isso que você descreveu. É muito bom recordar!
    Bjs.

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  4. Rosélia, querida

    Pra mim, o post teria de se chamar "A Criança que SOU"! rsrsrs
    Nunca vou deixar de ser uma meninona espevitada... ahahahaha.

    Tem fotos lá no blog. Acabei de atualizar.

    Beijo grande pra vc!

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  5. Oi querida....

    Que lindo que ficou seu post!

    Vc coloca ternura...amor..em tudo que faz...

    Admiro vc!!!!!

    Bjos com carinho!

    Zil

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  6. Querida amiga, quando éramos pequenos queríamos ser grandes, e hoje eu gostaria muito de voltar a ser criança, ter novamente perto de mim todos aqueles que amava e já se foram...Beijocas

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  7. Obaaaaa que delícia de post! Adorei! Imaginei tudinho na minha cabeça...rsrs Estou indo lá na Norma conferir, beijo, beijo querida! ;)
    She

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  8. Oi Rosélia, lindo o post de hoje, descrever nossas fases passadas gostaria muito, mas tenho outro blog para isto, mas confesso que tenho que estar muito inspirado para postar lá, e só tenho 10 posts neste tempo todo, logo, quando vem a inspiração escrevo alguma coisa.
    Beijos, Mauro
    http://recordaa.blogspot.com/

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  9. Estive no blog, Pensando em Família, deixei lá uma palavra.
    Sempre é bom relembrar a nossa infância. Gostei de ler.
    Beijos

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  10. Que Deus te abençoe com bençãos sem medida!
    Sejas feliz neste dia e em todos os demais,boas energias!
    Abraços,
    Mari

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  11. Uma infäncia maravilhosa só pode trazer boas recordacöes, um beijo Lisette,

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  12. Rosélia querida, todos nós temos que resgatar nossa criança interior, só ela é capaz de nos trazer de novo a simplicidade e a pureza do coração!
    Lindo teu texto!
    Beijos no coração!

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  13. Que coisa boa recordar a criança que fomos, faz um bem enorme para nossa criança interior que está lá bem guardinha,quietinha esperando ser novamente acariciada, reconforta a alma. Fique na paz do Senhor. Bjus.

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  14. Oi querida
    Que bom que os amigos compartilharam desta sua vivência infantil.
    Grata pela sua participação e continuemos juntas nas próximas.

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  15. Que lindo texto Rosélia!!!
    Me fez viajar junto com vc para esse tempo tão bom...
    Que sua criança permaneça nos encantando em todos os seus gestos ;)
    Beijo grande

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  16. Que bom conseguirmos resgatar a criança que fomos um dia e que estava bem guardadinha esperando apenas ser revivida. Beijos no coração.

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  17. Oi Rosélia,

    Assim como você, eu nasci numa casa com um grande quintal de terra, muitas árvores frutíferas e diversos animais. Tive uma infância deliciosa...

    Que bom que você está revendo a sua infância. É uma satisfação recordarmos as nossas inocências outroras. Nos amansa e nos alegra.

    Beijos,

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  18. Bom dia! Sua infância é bem parecida com a minha. Gosto de roça demais!!!Que bela infância!
    Boa semana!!
    Carla Fernanda

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  19. Ah, Rosélia...

    Que sejamos como crianças sempre!
    Que delícia de post! ME fez recordar muitas coisas....

    Bom dia pra vc!

    Deus seja contigo.

    http://www.youtube.com/watch?v=hzUcoJkDEWI&feature=fvsr

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